Mais uma crise chega ao seu fim. Crônica anunciada, o ministro do Esporte, Orlando Silva, pede para sair antes de ser demitido. O Planalto, como o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, já havia dito, insiste que o ministro não caiu pelas denúncias do policial João Dias Ferreira. O PCdoB bate na tecla da desqualificação do acusador. De fato as contas da ONG do policial foram impugnadas pela Controladoria Geral da União e ela recebeu um pedido de devolução de quase R$ 4 milhões ao Ministério do Esporte. Já Orlando não sabia de nada! Ora, se Lula, presidente, nunca soube de nada, o que dirá um ministro. Tadinho do Orlando... Para o Planalto, contam mais os recursos repassados para outras ONGs de membros do próprio partido e que apresentam problemas semelhantes.
Mas, independentemente das explicações de Gilberto Carvalho, a saída do ministro vem em momento delicado para o governo, envolvido numa queda de braço com Ricardo Teixeira, da CBF, e Joseph Blatter, da Fifa, em torno da realização da Copa do Mundo. Não vou dizer que Ricardo Teixeira é quadrilheiro porque ele não é! Na luta para preservar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o Estatuto do Torcedor, o governo perde uma batalha.
O novo ministro, Aldo Rabelo, apesar de sua ampla experiência política, já assume escaldado. Como entrar numa dividida com a dupla dinâmica do futebol mundial, se ela já derrubou o seu antecessor? Aldo vai pensar três vezes.
Em futebol, dizem os entendidos, ganha a dividida quem não pensa. Além do mais, se existe malfeito no ministério e se as ONGs do PCdoB são a causa do problema, substituir um nome por outro do mesmo partido é imputar ao sucessor a herança e a fragilidade do anterior.
Rasgar o CDC e o Estatuto do Torcedor não é tanto o problema. O problema são as crescentes demandas da Fifa pelas obras que em última instância são pagas com o dinheiro público. Quem dirá não à dupla dinâmica? O novo ministro? A Copa está chegando e com ela a premência por obras necessárias para o “circo máximo” do futebol.
Nos tempos de Lula, que, aliás, diga-se de passagem que foi um dos pais dessa ideia, dizia-se que nada seria feito com o dinheiro público. O estádio do Corinthians que o diga... No país que já esteve à sombra das chuteiras imortais, agora vive delas. E não estamos falando das chuteiras... Haja BNDES.
A serregonhice não se intimida pela lei. Basta negar, dizer que não sabe, ser vítima, invocar a família, chorar um pouco e pronto: free at last
ResponderExcluirComo sempre dizem:Não existem provas!!! Logo...!!!!São todos inocentes !!!!
ResponderExcluir