O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deu a primeira entrevista coletiva depois que entrou no olho do furacão das novas denúncias de corrupção no governo. E não precisava exagerar. A certa altura, declarou alto e bom som: “Eu não sairei do ministério enquanto não estiver provado, comprovado. Para me tirar, só abatido a bala”. Menos, ministro, menos. Veja o que aconteceu com alguns de seus colegas, aliás, ex-colegas. Também foram valentes no início, mas não resistiram aos fatos. Lupi, no entanto, em tom exaltado, foi mais longe. Desafiou que fossem provadas com “nomes e sobrenomes” as acusações de cobrança de propina. E fez questão de usar o nome e sobrenome em nova bravata: “Eu desafio a aparecer o nome de Carlos Alberto Lupi em qualquer ato de corrupção”.
É, pode ser. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que não costuma aliviar, fez questão de avisar que não existem, pelo menos por enquanto, “elementos que apontem o envolvimento do ministro Carlos Lupi” (quem tem cú tem medo, né Dr. Gurgel?) nas denúncias. A presunção da inocência é básica no regime democrático e deve ser respeitada (só quando é gente graúda, o povo fica de fora!). Foi assim, no entanto, nos demais casos envolvendo ministros no atual governo. E o tempo cuidou de desmascarar os desmentidos das primeiras horas. Aliás, o roteiro é sempre o mesmo. Os ministros negam, repudiam, se dizem revoltados com as acusações, e o que acontece? Aparecem outras e os argumentos ficam cada vez mais difíceis de serem encontrados. O enredo de agora ainda não pegou o mesmo caminho, mas nada garante que a história não vá se repetir.
Líder do PDT na Câmara dos Deputados, Giovanni Queiroz (BA) também repetiu o script, desta vez traçado pelo PR, do senador e ex-ministro Alfredo Nascimento (AM). Avisou que se Lupi sair os pedetistas deixarão a base do republicano. Os republicanos fizeram a mesma coisa e já voltaram. O Planalto não deve estar nem aí.
É, pode ser. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que não costuma aliviar, fez questão de avisar que não existem, pelo menos por enquanto, “elementos que apontem o envolvimento do ministro Carlos Lupi” (quem tem cú tem medo, né Dr. Gurgel?) nas denúncias. A presunção da inocência é básica no regime democrático e deve ser respeitada (só quando é gente graúda, o povo fica de fora!). Foi assim, no entanto, nos demais casos envolvendo ministros no atual governo. E o tempo cuidou de desmascarar os desmentidos das primeiras horas. Aliás, o roteiro é sempre o mesmo. Os ministros negam, repudiam, se dizem revoltados com as acusações, e o que acontece? Aparecem outras e os argumentos ficam cada vez mais difíceis de serem encontrados. O enredo de agora ainda não pegou o mesmo caminho, mas nada garante que a história não vá se repetir.
Líder do PDT na Câmara dos Deputados, Giovanni Queiroz (BA) também repetiu o script, desta vez traçado pelo PR, do senador e ex-ministro Alfredo Nascimento (AM). Avisou que se Lupi sair os pedetistas deixarão a base do republicano. Os republicanos fizeram a mesma coisa e já voltaram. O Planalto não deve estar nem aí.
Alckmin não quer faxina em São Paulo
ResponderExcluirAlckmin desiste de decreto que instituiria Ficha Limpa em SP
Geraldo Alckmin desistiu de incluir, no pacote anunciado ontem para aumentar a transparência em sua gestão, decreto que instituiria a Ficha Limpa para o funcionalismo paulista. A medida, já adotada em Minas, forçaria o afastamento de José Bernardo Ortiz, aliado histórico do tucano instalado na FDE. Ele tem condenação em segunda instância.
Sujeira em baixo do tapete
Indicado informalmente à relatoria do Orçamento de 2012 pelo governo paulista, Roberto Engler (PSDB) enviou cartas aos 93 colegas pedindo a lista de emendas a serem contempladas na cota individual de R$ 2 mi. Deu errado: insatisfeita, a base de Alckmin vai escolher a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) para o posto.
Mais dinheiro para os tucanos
Em tempo recorde, o BID aprovou ontem financiamento de US$ 1,15 bi para o trecho norte do Rodoanel. A missão do banco avaliava o projeto desde fevereiro. O montante é o maior já destinado pela instituição para obras viárias no país.Coluna da Renata Lo Prete