Ex-presidentes do Banco Central, Pérsio Arida e Armínio Fraga falaram das altas taxas de juros cobradas no Brasil atualmente. Arida chegou a reclamar de que o Banco Central faz captação de recursos com juros de mercado e empresta com taxas subsidiadas em alguns casos. Os dois economistas falaram das distorções do sistema financeiro brasileiro durante o encontro do PSDB no Rio, que reuniu os caciques tucanos em torno de uma homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos debates, que foram da economia à segurança pública, o que mais chamou a atenção, mais uma vez, foi o mau humor do ex-governador de São Paulo José Serra, que voltou às pressas de Londres para participar do evento. Está virando rotina.
O ponto alto do encontro foi a fala de Fernando Henrique Cardoso. Alguns tucanos de alta plumagem reclamaram que o ex-presidente usou muito o termo equidade, eles preferiam que ele usasse um termo mais da roça, como igualdade. Mas é o jeito tucano e não dá para mudar a esta altura do campeonato. Ou será que dá? Quem ficou encarregado de anunciar Serra foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG). No palco, estavam ele, Fernando Henrique e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, Tasso Jereissati. E foi Aécio quem pediu licença a Tasso e a FHC para “saudar o grande brasileiro” e chamar Serra ao palco. Como diz um deputado de prestígio do partido, “ou foi muito bem combinado ou foi jogada de mestre”.
A diferença de estilo entre Serra e Aécio ficou evidente no palco. Serra pediu licença e leu o discurso, um artigo que seria publicado em seu blog, porque ele temia não chegar a tempo. Aécio disse estar surpreendido, que não estava preparado para discursar, que sentia “um frio na espinha”. E passou a desancar o governo do PT, a começar do aparelhamento da máquina: “Para quê 40 ministérios?”. É claro que roubou a platéia.
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