O ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda às voltas com os problemas no Enem, passou na primeira prova para a eleição municipal do ano que vem em São Paulo. Não foram méritos dele. Foram apelos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) anunciou quinta-feira, oficialmente, que desistiu da disputa pela prefeitura paulistana. Nem tinha como escapar. Quem era para conversar sobre o assunto com ela era Lula. Só que foi Dilma quem, a pedido do ex-presidente, tratou do tema com a senadora. A frase de Marta diz tudo: “Eu fiquei sensibilizada com o apelo da presidente Dilma e do ex-presidente Lula e retiro minha candidatura para a prefeitura.”
O caso de São Paulo é apenas um exemplo de como as coisas vão acontecer no PT daqui para a frente. O projeto de poder petista passa por aumentar o número de capitais sob o domínio do partido, como forma de pavimentar as eleições estaduais de 2014, casadas com a reeleição de Dilma. Está sendo preparado já faz tempo, embora de forma mais despistada. Em 2010, o que fez o então presidente Lula? Obrigou vários estados a fazerem alianças, mesmo em detrimento de potenciais candidatos petistas, que foram deslocados para a briga pelas duas vagas estaduais no Senado. O PT aumentou muito sua bancada e hoje tem um exército de senadores prontos para disputar os governos estaduais no meio do mandato, ou seja, no maior conforto, para não dizer tendo muito pouco a perder.
Não é à toa que a oposição continua sem saber para onde caminhar, não consegue encontrar um discurso que convença a opinião pública, mesmo com o governo dando um motivo atrás do outro, ou melhor, um ministro atrás do outro para apanhar.
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