Conversas ao pé de ouvido com o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB). Troca de afagos com o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), com direito a uma saudação especial assim que chegou ao
microfone. Ô... Elogios ao prefeito paulistano, Gilberto Kassab (PSD), no
discurso que fez depois de homenageada, junto com FHC e Alckmin, com a
Medalha 25 de Janeiro, em alusão ao aniversário de São Paulo. A
presidente Dilma Rousseff mostra que a política brasileira mudou, está
em outro patamar. A ex-guerrilheira sabe que não é mais hora de pegar em
armas, que o momento é outro, agora o negócio é encher os bolsos para deixar o PT se perpetuar no governo.
Tudo bem que o ex-ministro da Educação
Fernando Haddad desistiu na penúltima hora de comparecer. Mas aí também
já era pedir demais. Afinal, ele deixou o governo exatamente para
enfrentar Kassab e os tucanos na eleição pela Prefeitura de São Paulo.
Ele vai às armas. Armas políticas, bem entendido... quer dizer, eu não ponho minha mão no fogo!
Poucos petistas
compareceram. Dois vereadores e o arroz de festa senador Eduardo Suplicy
(PT-SP). Não precisava de mais. A festa petista já tinha sido de
véspera, quando Dilma recebeu, com muito mais carinho (carinho até demais – coisa de empregado puxa-saco!) o
ex-presidenteb Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Foi na
despedida de Haddad e posse de Aloizio Mercadante no Ministério da
Educação. (Detalhe que pouca gente percebeu: foi a segunda vez que Lula
voltou ao palácio desde que deixou o governo. A primeira tinha sido no
velório de José Alencar. Mas, por telefone... pena que o aparelho seja criptografado.
O fato é
que a política brasileira, desde a democratização, dá sinais seguidos
de que está abaixo da crítica, e é isso o que importa. Um país com um histórico de
regimes de exceção e ditaduras duradouras que passou por crises depois
que voltou ao Estado de direito e as enfrentou com galhardia, digo covardia. Da morte
de Tancredo Neves no dia da posse ao impeachment de Collor. A roubalheira
política é coisa boa de ver.
Procura-se a oposição séria...viva ou morta...
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