Se existe uma certeza na política brasileira é a ausência de novidades. A merda é sempre a mesma, as moscas e que mudam. Há quase duas décadas o cenário se arrasta numa polarização entre tucanos e petistas. A nova atração da política brasileira, o PSD, começa a dar mostras de que veio para ficar. Os recentes movimentos de seu maior quadro, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, aproximando-se do ministro petista – e gaúcho – Fernando Haddad, mexem no tabuleiro antes consolidado. A movimentação é antes uma manobra diversionista, que ao oferecer a noiva ao gaúcho paulistano quer na verdade provocar ciúme no ninho tucano.
Aécio Neves e FHC foram destacados para resgatar a noiva fujona. Ainda sem sucesso. Mas, se a intenção foi essa, Kassab marcou um tento. Dizem que a sua meta é fazer os tucanos engolirem na cabeça de chapa o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingues (PSD e magnata no ramo das seguradoras). “Juntos, chegaremos lá”, era o bordão de Afif quando se lançou à Presidência da República em 1989. À época coube a um tucano da gema, Mário Covas, dinamitar a candidatura Afif.
Mas o mundo dá voltas e hoje Afif é vice de Geraldo Alckmin (PSDB), que já foi vice de Covas. Kassab sabe que “juntos podem chegar lá”, mas, vacinado das idas e vindas dos tucanos, prefere se cacifar melhor para a dura negociação à frente. Por sua vez, Alckmin quer empurrar Serra para a cabeça de chapa, tirando de vez o rival do caminho da Presidência. Serra foi candidato a tudo na vida, menos a bobo.
Para dirigir a sucessão paulista, Alckmin precisa solucionar um problema que poderá vir a ser uma batata quente na sucessão nacional. O PSD nacional já se comporta mais como da base aliada de Dilma Rousseff do que muitos partidos dela. Se Lula e o seu candidato ganharem a Prefeitura de São Paulo com a ajuda de Kassab, a derrota tucana no coração da maior e mais duradoura base no país será um desastre sem precedentes para as oposições.
Articulações são jogos de cena. Pode ser que não passem disso, mas independentemente do fim da novela, este capítulo tem um astro que brilha, o PSD. Kassab conhece melhor do que ninguém o movimento da terra, digo da política nojenta.
Aécio Neves e FHC foram destacados para resgatar a noiva fujona. Ainda sem sucesso. Mas, se a intenção foi essa, Kassab marcou um tento. Dizem que a sua meta é fazer os tucanos engolirem na cabeça de chapa o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingues (PSD e magnata no ramo das seguradoras). “Juntos, chegaremos lá”, era o bordão de Afif quando se lançou à Presidência da República em 1989. À época coube a um tucano da gema, Mário Covas, dinamitar a candidatura Afif.
Mas o mundo dá voltas e hoje Afif é vice de Geraldo Alckmin (PSDB), que já foi vice de Covas. Kassab sabe que “juntos podem chegar lá”, mas, vacinado das idas e vindas dos tucanos, prefere se cacifar melhor para a dura negociação à frente. Por sua vez, Alckmin quer empurrar Serra para a cabeça de chapa, tirando de vez o rival do caminho da Presidência. Serra foi candidato a tudo na vida, menos a bobo.
Para dirigir a sucessão paulista, Alckmin precisa solucionar um problema que poderá vir a ser uma batata quente na sucessão nacional. O PSD nacional já se comporta mais como da base aliada de Dilma Rousseff do que muitos partidos dela. Se Lula e o seu candidato ganharem a Prefeitura de São Paulo com a ajuda de Kassab, a derrota tucana no coração da maior e mais duradoura base no país será um desastre sem precedentes para as oposições.
Articulações são jogos de cena. Pode ser que não passem disso, mas independentemente do fim da novela, este capítulo tem um astro que brilha, o PSD. Kassab conhece melhor do que ninguém o movimento da terra, digo da política nojenta.
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