Se anúncio pelo Twitter vale como oficial, o ex-governador José Serra (PSDB) topou ser candidato à Prefeitura de São Paulo em outubro. E bastou que isso acontecesse para que chovessem espertalhões da política interessados em aproveitar o acontecimento para conseguir outros favores. Em encontro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, acertaram a entrada do partido no governo paulista. Paulinho diz que continua candidato a prefeito e que o acerto nada tem a ver com as eleições municipais. Acredite quem quiser. O recado pedetista tem endereço certo: o Palácio do Planalto. Desde que Lupi deixou o Ministério do Trabalho, o PDT espera ser chamado pela presidente Dilma Rousseff para indicar um outro nome. A hora é agora.
Já o novo líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), também não perdeu tempo. Diz, com todas as letras, que seu partido corre o risco de perder a eleição paulistana se não fizer uma coligação formal com o PMDB já no primeiro turno. Até o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) já veio a público defender a candidatura do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) à Prefeitura de São Paulo. Só que há muito em jogo, fora da política paulista. A sucessão na Câmara dos Deputados no ano que vem é um exemplo. O PT vai honrar o acordo com o líder do PMDB na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), de rodízio entre as duas legendas no comando da Casa?
Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai carregar nas costas a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad (PT) em São Paulo, a conta ficará para Dilma pagar. Se quiser ampliar o leque de alianças, Lula terá de convencer a presidente a atender, em Brasília, onde não tem eleição neste ano, os pedidos e reivindicações dos aliados.
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