A presidente Dilma Rousseff fez bem em deixar alguns recados por aqui antes de viajar para a Índia. Tá brincando com fogo, mas se sentindo a "dona do pedaço". Primeiro, ao dizer que não gosta do toma lá dá cá, deu um alerta aos que ficam tomando conta de seu governo. Algo mais ou menos assim: “Meninos, comportem-se na minha ausência. Não abram a porta para ninguém”. Ou seja, esta semana não tem nomeação de ministro ou liberação de verba para emendas individuais.
A segunda mensagem foi ao Parlamento. Quando Dilma se refere aos problemas com o Congresso e acrescenta que “só há crise quando se perde a legitimidade”, muitos entenderam assim: “Não adianta chorar, nem fazer malcriação porque quem manda sou eu”. E você sabe, leitor: reza a lenda que manda quem pode, obedece quem tem juízo. Quem viver, verá!
Em outras palavras, o resumo é cristalino: a presidente continua olhando com frieza e sobriedade para a choradeira dos congressistas. Traduzindo: cagando e andando. Está mais preocupada com o que considera o Brasil real e as formas de desvio da crise internacional para não prejudicar os parâmetros econômicos nacionais. Por isso a reunião com empresários na semana passada e as ordens à equipe econômica para novas medidas de promoção da indústria, a serem anunciadas depois da viagem à Índia. Ou seja, teremos nestes sete dias de ausência da presidente intensas reuniões no Ministério da Fazenda.
É... A sargentona exercendo sua autoridade. Mas autoritarismo não resolve problemas e pode agravá-los. Gritar, bater na mesa, xingar e mostrar erguido o dedo médio, é apenas uma maneira de demonstrar insegurança. Quero ver governar, administrar, equacionar problemas, compor, etc. Esteremos atentos.
ResponderExcluirFico feliz em ver que você continua o mesmo, Homem. Ácido, sim, mas profundamento sagaz. E, mais importante, de olho sempre bem aberto. Acho que os meninos não abrirão a porta para ninguém, na ausência da mãezona. Já não se pode garantir que ela mesma mantenha a porta fechada, quando voltar. O risco de dona Dilma (não me interpretem mal, por favor) é ter que colocar o rabo entre as pernas e ceder aos caprichos da "criançada" para garantir governabilidade, como destaca o comentário anterior.
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