Também está prevista para amanhã a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos Econômicos
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A presidente Dilma Rousseff recebe hoje, no Senado, o Prêmio Bertha Lutz, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A solenidade não poderia vir em melhor hora. Dilma vai aproveitar a oportunidade para fazer carinho nos senadores e deputados. Fofa! Com a base aliada ao Palácio do Planalto em pé de guerra, a presidente fará um agradecimento especial ao Congresso. O saco de maldades ela abriu ontem mesmo, com a substituição do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O motivo? Bem, pelo menos um deles é a não votação do projeto que unificava os salários de homens e mulheres na mesma função. Dilma pretendia sancioná-lo hoje, na festa das mulheres no Senado.
As mexidas no governo devem também facilitar a vida do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O Palácio do Planalto avalia a ida de Mantega como um novo teste de lealdade da base aliada. Desde a volta aos trabalhos no Congresso, no mês passado, a oposição quer ouvir o ministro sobre denúncias de corrupção na Casa da Moeda. O governo ganhou tempo, esperou o assunto esfriar. Com as demissões, Dilma desvia ainda mais a atenção do ministro da Fazenda.
O fato é que a presidente se mexeu nos últimos dias. Escalou o vice-presidente Michel Temer para acalmar o PMDB, conversou com líderes do partido por telefone e pessoalmente e ainda tem dado sinais de preocupação com outros partidos da base. Dilma tem estilo diferente de Lula, que passava a mão na bunda de todo mundo, mas sabe que não pode deixar que a situação saia do controle. O problema é comprar briga com um cacique do mal chamado Romero Jucá. Acha que vai ficar sem troco? Daí a convicção de que Dilma terá mesmo de fazer carinho nos aliados para conter eventuais focos de rebeldia.
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