O PDT dá sinais de que depois da saída de seu presidente nacional, Carlos Lupi, do Ministério do Trabalho, fazer parte da equipe da presidente Dilma Rousseff não faz tanta diferença assim. Para se ter uma ideia, os pedetistas ganharam até dos democratas na votação do Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos, atualmente prioridade máxima do Palácio do Planalto. Nada menos que 84% dos votos da bancada do PDT foram contra o governo. No DEM, o índice foi de 81%. Se ficar com a pasta do Trabalho, tudo bem. Se não ficar, amém. Aliás, uma ala numerosa da legenda bem que preferiria estar do outro lado. O deputado Brizola Neto (PDT-RJ) é um exemplo, ainda que não assuma publicamente. Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, é mais direto.
A recíproca, no entanto, pode ser verdadeira. Já chegaram aos ouvidos da presidente Dilma Rousseff conselhos para não mais manter o Ministério do Trabalho com o PDT. A votação de terça-feira na Câmara dos Deputados foi a gota d’água e partiu de alguns de seus conselheiros políticos mais próximos. Dilma, no entanto, não deu sinais de que vai comprar a briga. Até porque um dos cotados para assumir o ministério, o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), é próximo dela desde os tempos em que a presidente era filiada ao PDT. O outro nome cotado é o do secretário-geral do partido, Manoel Dias.
Na verdade, para o PDT tanto faz. Se puder manter a pasta, melhor. Quem não gosta de espaço no governo? Se for para a oposição, não fará tanta diferença assim. Lupi já apoia o governo Antonio Anastasia e apoiou o de Aécio Neves o tempo todo de sua gestão à frente do Palácio da Liberdade. Embarcar agora ou daqui a dois anos em sua candidatura à Presidência da República pouca diferença faz.
PauDT na molera do PT!!
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