Era uma frase recorrente na política brasileira de antigamente. Quando o presidente da República deixava o país em missão oficial, dizia-se que a crise viajou. Agora, parece que tudo mudou. Basta ver os últimos dias. A presidente Dilma Rousseff viajou aos Estados Unidos e a crise ficou. Por lá, chegou ao requinte de sugerir aos todo-poderosos norte-americanos que libertassem Cuba do bloqueio econômico. Só falta essa, afinal, depois da Ilha dos Porcos, a terra de Fidel Castro já teve sexta-feira da Paixão.
Enquanto Dilma surfa pelo mundo afora, deixando de lado a substituição de inúmeros ministros de governo, comemorando o controle da inflação, ainda que o crescimento econômica deixe a desejar, a política brasileira está, de novo, às voltas... com o Código de Ética. Desta vez, é o ex-paladino da ética, o ex-democrata e, possivelmente, ex-senador, se sua sorte não mudar, Demóstenes Torres (sem partido-GO). Contra ele não pesam apenas uma cachoeira de acusações graves. Pesa provavelmente mais, na hora do voto no Conselho de Ética e no plenário, o fato de ele ter enganado os colegas, assumido um personagem sem se preocupar nos prejuízos que poderia trazer ao partido, à instituição, por aí afora.
O problema é que a política brasileira funciona assim, ao sabor dos ventos. Ora está uma calmaria danada, ora é época de tempestade e trovoadas. A fase atual é de Dilma surfar na calmaria do leito do rio que sempre aparece um banco de areia que possa oferecer algum risco. Já no Legislativo, a situação continua a mesma. Entra ano, sai ano, e há sempre um escândalo à espreita para arranhar a imagem até dos parlamentares mais sérios. Ou não era esse o personagem que Demóstenes Torres encarnou por tantos anos?
CARO EDUARDO
ResponderExcluirDONA DILMA, MINISTROS, PRESIDENTES DE ORGÃOS, PRESIDENTES DOS BANCOS ESTATAIS, CONGRESSO SURFAM APENAS NA MESQUINHEZ, NA HIPOCRISIA E COMO CONTINUAR ENGANANDO ESTE POVO TÃO TÔLO!!
Marisa Cruz