O recente caso de uma criança que ingeriu ácido por engano de uma enfermeira do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, é um alerta para o alto nível de estresse e fraca formação dos profissionais da área. É necessário que seja a votada lei que regulamente a jornada de 30 horas semanais dos enfermeiros, a fim de que possam desempenhar suas funções em plena capacidade, incluindo um acompanhamento da qualidade dos cursos de enfermagem. Em muitos hospitais, observamos jovens estagiários dessa atividade profissional totalmente alheios aos procedimentos e veteranos extremamente ansiosos e sobrecarregados, pondo vidas em risco.
Minha opinião nesse ponto vai até por experiência na área, apesar de não militar na Saúde. O caso é que os erros absurdos em sua maioria tem sido cometidos por AUXILIARES DE ENFERMAGEM, e poucos pelos profissionais formados a nível superior, o que não é o caso dos auxiliares que fazem cursos totalmente sem controle de qualidade ou de técnicas mais ou menos recomendadas pelo Corem. Daí o péssimo nível dos atendimentos e dos erros bárbaros. No tocante aos Enfermeiros, o caso é muito sério pois uma sobrecarga de horas, baixíssimos salários, desrespeito claro as normas praticados pelos hospitais e clínicas, e o poder empresarial das corporações da Saúde, não dão chance de se praticar a Enfermagem com tranquilidade e "expertise", em número bastante elevado, colocando a qualidade em posição de atenção. Muitos são obrigados a sobrepor plantões sucessivos para atingirem um nível razoável de vencimentos, o que no final compromete a qualidade dos serviços de enfermagem, e os riscos se tornam evidentes. Atenção para o setor é mais que recomendável, é URGENTE !
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