“Vou indicar o senhor Fernando Afonso pelo PTB.” Assim anunciou o líder petebista no Senado, Gim Argello (DF), sobre o representante do partido na CPI do Cachoeira. Pois é, o tempo passa, o tempo voa e a poupança confiscada continua numa boa. Fernando Afonso é o ex-presidente Collor, alvo da CPI da Corrupção que culminou com seu impeachment. Desta vez, ele estará sentado do outro lado do balcão. Como já se passaram 21 anos do impeachment, o líder petebista acredita que Collor já atingiu a maioridade: “Ele é exemplar, exerce um mandato brilhante”. A reação do ex-presidente, revela Gim, é a de um missionário: “Estou pronto. É missão”.
Se não bastasse, a CPI promete mesmo fartas e fortes emoções. Outro senador que deverá integrá-la é o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), aquele mesmo, que era amigo de Collor na época dele no poder e que renunciou à presidência do Senado cinco anos atrás para não ter o mandato cassado pelos colegas. Renan quer levar também o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que anda uma arara com o Palácio do Planalto desde que perdeu a liderança do governo na Casa.
A CPI foi armada, pensada e articulada em São Bernardo do Campo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pano de fundo é fazer concorrência com o eventual julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal. Pelo andar da carruagem e com os atores escalados para a missão, o filme tem tudo para ser uma superprodução, de dar inveja aos diretores e produtores mais ricos de Hollywood. Aos eleitores brasileiros resta torcer para que o drama da corrupção que assola o país não acabe se transformando numa grande comédia cinematográfica.
Com roteiristas desse "quilate" como é que o cinema nacional não se consagrou mundialmente, Homem?
ResponderExcluirEstamos a um passo para conseguirmos uma ESTATUETA com o filme. Palácio do Planalto... A Casa da Mãe Joana.
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