JIRAU: Justiça e sindicato atacam trabalhadores. Cadê a Comissão da Verdade?
A Justiça do Trabalho de Rondônia condenou, no
último dia 03, as empresas WPG Construções e Empreendimentos Ltda e TPC
Construções e Terraplanagem Ltda, e de forma subsidiária o consórcio construtor
da Usina de Jirau “Energia Sustentável do Brasil”, a pagar aos trabalhadores os
salários atrasados, as verbas rescisórias, assinatura da carteira de trabalho e
pagamento do custeio com alojamento e três refeições diárias, durante o período
que os trabalhadores estiverem aguardando o recebimento dos salários atrasados
e verbas rescisórias. Além do reembolso ao Sindicato de todos os valores gastos
em alojamento, alimentação e na concessão das passagens para que os
trabalhadores regressassem as suas casas.
O jornal A nova Democracia acompanhou de perto a
luta dos trabalhadores da WPG e TPC, que foram abandonados pelas empresas e
tiveram que enfrentar o peleguismo do Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Civil de Rondônia (Sticcero), que insistia em fazer o papel da empresa, solicitando
via ação judicial o pagamento somente dos dias trabalhados, não reconhecendo o
prejuízo material sofrido pelos trabalhadores desde o desaparecimento dos
responsáveis pela empresa, em novembro do ano passado.
O juiz condenou as empresas a pagar os salários
atrasados até 07/11/2011, concordando, portanto com a tese do Sticcero e
rejeitando a tese do Ministério Público do Trabalho, que argumentava que devido
à continuidade do vínculo com a empresa, os trabalhadores deveriam receber até
o dia da baixa na carteira de trabalho. Os trabalhadores concordavam com a tese
do MPT, preferindo inclusive que o este o defendesse, ao invés do sindicato.
Eles alegam que foram prejudicados com o resultado do processo.
Atualmente, a maioria dos trabalhadores já
retornou às cidades e estados de origem. Segundo um trabalhador ouvido pela reportagem
do Jornal, eles foram contatadas pelo MPT e pela Justiça Federal, que já
possuem todos os dados bancários e de contatos de todos os trabalhadores. Mas
ainda será necessário esperar pela manifestação das empresas e pelo cumprimento
da sentença.
A desconfiança dos trabalhadores é grande, já que
não podem confiar no Sindicato. Na sentença, ficou claro o conflito entre
trabalhadores, MTP e Sticcero, sendo que este último chegou a acusar o MPT de
colocar os trabalhadores contra o sindicato. No dia 27 de abril, logo após o
fim da audiência, o sindicato cancelou o alojamento e a alimentação dos
trabalhadores. O sindicato alega que a situação já foi resolvida e que os
trabalhadores receberam passagens para voltar para casa. Mas uma comissão
decidiu continuar em Porto Velho e seguir lutando pelo reconhecimento de todos
os seus direitos.
Confira o vídeo: http://youtu.be/IBLRO684GAs
CARO EDUARDO
ResponderExcluirOS TRABALHADORES PAGAM SINDICATO PARA FAZEREM DELES GATO E SAPATO!!!! EMPRESAS PRIVADAS ABUSAM DEIXANDO SEUS FUNCIONÁRIOS EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS E MISERÁVEIS!!!!!
E GOVERNO VEM DIZER QUE ESTE É O BRASIL SEM MISÉRIA!!!SOBRE QUE MISÉRIA FALAM???
Marisa Cruz