Uma operação foi batizada de Vegas. A outra ganhou o nome de Monte
Carlo. Se essas cidades abrigam cassinos e permitem a jogatina, o jogo
político esquentou depois dos ataques ao procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, na primeira sessão secreta da Comissão Parlamentar Mista
de Inquérito (CPMI) que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira e suas
ligações com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Em intervalo
de sessão no Supremo Tribunal Federal, Gurgel aproveitou para
contra-atacar. E foi logo pondo o dedo na ferida, dizendo que os ataques
contra ele são de pessoas que ”estão morrendo de medo do julgamento do
mensalão”. É, pode ser. Mas pelo menos um integrante da CPMI, que fez
duros ataques à atuação do procurador, pode até não ter um passado
confortável e ilibado, mas não estava envolvido no mensalão. Estamos
falando do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).
Ao depor na CPI na terça-feira, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques acusou o procurador-geral de ter sentado em cima das conclusões da Operação Vegas. Roberto Gurgel rebateu e disse que sua atitude permitiu a ampliação das investigações pela Operação Monte Carlo. A troca de acusações em nada vai contribuir para que os cidadãos brasileiros saibam o que realmente aconteceu. E olha que nem é o jogo que motivou a CPMI, mas obras que podem ter sido superfaturadas e propinas que foram pagas pela Delta Construções.
O fato é que o inquérito ficou mesmo parado por mais de dois anos e que, só depois de notícias divulgadas pela imprensa, o Ministério Público pediu a abertura de inquérito contra o senador Demóstenes Torres, que encenava o papel de paladino da moralidade e do combate à corrupção no Congresso. Na prática, o que realmente importa é a verdade, tanto na questão do mensalão, quanto agora no caso Cachoeira. O resto é troca de acusações que pouco interessa aos cidadãos que, no fim, pagam a conta da roubalheira.
Ao depor na CPI na terça-feira, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques acusou o procurador-geral de ter sentado em cima das conclusões da Operação Vegas. Roberto Gurgel rebateu e disse que sua atitude permitiu a ampliação das investigações pela Operação Monte Carlo. A troca de acusações em nada vai contribuir para que os cidadãos brasileiros saibam o que realmente aconteceu. E olha que nem é o jogo que motivou a CPMI, mas obras que podem ter sido superfaturadas e propinas que foram pagas pela Delta Construções.
O fato é que o inquérito ficou mesmo parado por mais de dois anos e que, só depois de notícias divulgadas pela imprensa, o Ministério Público pediu a abertura de inquérito contra o senador Demóstenes Torres, que encenava o papel de paladino da moralidade e do combate à corrupção no Congresso. Na prática, o que realmente importa é a verdade, tanto na questão do mensalão, quanto agora no caso Cachoeira. O resto é troca de acusações que pouco interessa aos cidadãos que, no fim, pagam a conta da roubalheira.
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