Tudo começou na quinta-feira, na Câmara dos Deputados. Tudo terminou
na sexta-feira, no Senado. Em menos de 48 horas – isso mesmo, 48 horas –
o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi apeado do cargo. O
impeachment relâmpago mostra que, em pleno século 21, a América do Sul
ainda tem as suas republiquetas. A reação dos países latino-americanos
foi imediata. Vários deles usaram a palavra “golpe” para condenar a
atitude do Congresso paraguaio. E não sem razão. A presidente Dilma
Rousseff chegou a insinuar uma possível expulsão do país vizinho do
Mercosul.
A presidente brasileira tem autoridade histórica para questionar o impeachment de Fernando Lugo. Não faz tanto tempo assim, o Brasil também passou por um processo de impeachment, só que com tudo dentro do figurino. Levou meses o afastamento do xará do ex-presidente paraguaio, Fernando Collor de Mello. Ele deixou o Palácio do Planalto durante o processo no Congresso, Itamar Franco assumiu interinamente e só depois foi efetivado como titular do Palácio do Planalto.
Outra diferença crucial entre os processos brasileiro e paraguaio são as acusações. Collor era alvo de acusações de corrupção. Lugo foi acusado de vínculos com movimentos sociais e de não conter as invasões de terra no país. Um conflito sangrento de reintegração de posse de uma fazenda foi a gota d’água. Já imaginou tirar Lula ou Dilma da Presidência da República por causa do movimento dos sem-terra no Brasil? Não tem cabimento, como não teve cabimento o afastamento do presidente paraguaio.
A ameaça brasileira de expulsão do Mercosul já surtiu efeito e a diplomacia paraguaia já se movimenta para tentar acabar com o mal-estar. Não será fácil. Golpe é golpe, mesmo que sob a fachada de uma atitude democrática. E a América Latina já passou dessa fase.
A presidente brasileira tem autoridade histórica para questionar o impeachment de Fernando Lugo. Não faz tanto tempo assim, o Brasil também passou por um processo de impeachment, só que com tudo dentro do figurino. Levou meses o afastamento do xará do ex-presidente paraguaio, Fernando Collor de Mello. Ele deixou o Palácio do Planalto durante o processo no Congresso, Itamar Franco assumiu interinamente e só depois foi efetivado como titular do Palácio do Planalto.
Outra diferença crucial entre os processos brasileiro e paraguaio são as acusações. Collor era alvo de acusações de corrupção. Lugo foi acusado de vínculos com movimentos sociais e de não conter as invasões de terra no país. Um conflito sangrento de reintegração de posse de uma fazenda foi a gota d’água. Já imaginou tirar Lula ou Dilma da Presidência da República por causa do movimento dos sem-terra no Brasil? Não tem cabimento, como não teve cabimento o afastamento do presidente paraguaio.
A ameaça brasileira de expulsão do Mercosul já surtiu efeito e a diplomacia paraguaia já se movimenta para tentar acabar com o mal-estar. Não será fácil. Golpe é golpe, mesmo que sob a fachada de uma atitude democrática. E a América Latina já passou dessa fase.
A diplomacia brasileira deveria se ocupar dos brasiguaios, diáspora de cerca de 350.000 famílias ( levando em conta, seja cada família de 04 pessoas), cerca de 1.400.000,00 brasileiros e seus descedentes, prejudicados por um desgoverno sabidamente acumpliciado com o esbulho, como era o do sr. Lugo e que dão ao pais ¨hermano¨ parcela substancial ( estima-se que um mínimo de 30 % ) de punjança agropecuária e, portanto, de atividade econômica relevante que o mesmo tem. Afastar o Paraguay dos mecanismos de comércio do Mercosul será prejudicar a estes produtores, que ficarão sem desafogar produção ou atingir os mercados onde faziam suas vendas. Aqui e ali a cleptocracia reinante no Brasil transmite a impressão de ter muito mais identificação com as esquerdas e o radicalismo que empesteiam países como Venezuela, Paraguay, Bolívia e Equador ( e a Argentina ¨kicherista¨) do que com a defesa dos mais lídimos interesses nacionais.
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