O
Tribunal do Júri de Taguatinga acolheu a denúncia do MP/DF e levará à júri
popular o empresário, dono da GOL, Constantino de Oliveira – conhecido como Nenê
Constantino (foto) – e outras quatro pessoas acusadas de envolvimento no
homicídio de Márcio Leonardo de Sousa Brito, ocorrido em 2001. A data do
julgamento ainda não foi marcada. Os réus ainda podem recorrer da decisão.
Segundo
a denúncia, Vanderlei Batista Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos
Santos se uniram para retirar moradores que se instalaram em um terreno
pertencente à Constantino e se recusavam a sair do local. Márcio Leonardo de
Sousa Brito, líder da associação de moradores, foi executado por Manoel Tavares
– contratado para realizar o crime. Manoel, posteriormente, morreu vítima de
assassinato.
O
juiz do Tribunal do Júri de Taguatinga, João Marcos Guimarães Silva, determinou
que Constantino e Vanderlei Batista Silva permaneçam em prisão domiciliar até o
julgamento. O empresário, por ter 80 anos e estar com a saúde debilitada, foi
favorecido pelo artigo 318, incisos I e II, do CPP. Já Vanderlei está
com um câncer em estado avançado, enquadrando-se na mesma situação.
Também
é réu no processo o genro de Constantino, Victor Bethônico Foresti, por ter
oferecido, por duas vezes, vantagem a testemunha, com o propósito de que seu
sogro fosse isento da participação no crime cometido contra Márcio Leonardo de
Sousa Brito. Quanto a esse crime, também foram pronunciados "Nenê",
Vanderlei Batista e João Alcides Miranda. O processo encontra-se em segredo de
Justiça, por ter sido decretada a quebra dos sigilos telefônico e bancário.
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Processo: 2002.07.1.000644-9
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