Lula insistiu, mas Erundina preferiu manter a sua coerência, que vem desde que foi escorraçada do PT |
A deputada Luíza Erundina (PSB-SP) voltou atrás de sua decisão de
desistir de desistir da candidatura a vice-prefeita de São Paulo na
chapa de Fernando Haddad (PT) e desistiu mesmo. O próprio presidente
nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, confirmou
que a parlamentar socialista não aceita compor chapa em uma coligação
que tem também o PP do deputado Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo e
“ex” arquirrival do PT no estado. Lula insistiu, mas Erundina preferiu
manter a sua coerência política, que vem desde o tempo em que foi
escorraçada do PT por ter aceito participar do ministério de Itamar
Franco, que assumia a Presidência da República em um momento delicado
para a democracia do país, depois do afastamento do hoje senador
Fernando Collor de Mello (PTB-AL), por causa de denúncias de corrupção.
Não custa lembrar que Collor foi o primeiro presidente eleito
diretamente depois do regime militar.
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupa nem sua própria biografia no
esforço de eleger Fernando Haddad em São Paulo. Tanto que o Instituto
Lula não publicou a foto que ele tirou junto com Haddad e Maluf, logo
depois do anúncio do apoio do petista. Alias, pelo jeito, a própria
presidente Dilma Rousseff desistiu de obedecer seu mentor político. Ela
não queria a CPI do Cachoeira, mas Lula insistiu e ela capitulou. Agora,
já orientou os governistas da comissão a desistir de convocar o
ex-governador paulista José Serra (PSDB), principal adversário de
Haddad, para depor.
Lula, no entanto, não desiste. Ao
contrário, insiste. Tenta convencer o pagodeiro Netinho (PCdoB) a também
desistir de sua candidatura, embora não haja nenhuma garantia de que os
votos dele fossem para o petista Haddad, já que é um público peculiar. É
esperar para ver, mas o fato é que Lula insistiu, mas Erundina
desistiu.
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