Agora não tem jeito mais. Para não ficar a palavra de um contra a do
outro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira terá de
quebrar o sigilo bancário do governador de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB). Em depoimento ontem na comissão, o empresário Walter Paulo
Santiago diz ter comprado a casa do tucano e pago em dinheiro, em notas
de R$ 50 e R$ 100. O governador sustenta que recebeu três cheques em
pagamento da casa, dois de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil, que
depositou em sua conta-corrente pessoal. Para piorar a situação, o
relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), não descarta a hipótese de
Perillo ter recebido duas vezes pela venda da mesma casa. “Há duas
hipóteses. A primeira é de que alguém está mentindo. A segunda é de que o
governador recebeu duas vezes R$ 1,4 milhão, tendo recebido R$ 2,8
milhões”, comentou o relator. Parece cenas de surrealismo explícito. E
é.
Não foi à toa que os parlamentares do PSDB e a cúpula do partido já tinham revelado que estavam preocupados com a situação de Perillo na CPI. Eles bem que tentaram marcar seu depoimento para esta semana, mas ele ficou para a semana que vem, quando não tem feriado para minimizar a situação. Não é à toa que o líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), comentou que a compra da casa é apenas “um detalhe”. É, pode ser, mas um detalhe importante. Tanto que o próprio Dias fez questão de tentar aumentar o leque das investigações: “Há aqueles que querem transformar a CPI em CPI do Marconi Perillo. Não podemos ficar apenas num item desse esquema, temos que ampliar”.
O fato é que se procurar, a comissão vai achar. E, pelo jeito, para todos os lados. O que não se sabe, agora, é a disposição do governo (que teria uma providencial mãozinha da oposição) de aprofundar as investigações.
Não foi à toa que os parlamentares do PSDB e a cúpula do partido já tinham revelado que estavam preocupados com a situação de Perillo na CPI. Eles bem que tentaram marcar seu depoimento para esta semana, mas ele ficou para a semana que vem, quando não tem feriado para minimizar a situação. Não é à toa que o líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), comentou que a compra da casa é apenas “um detalhe”. É, pode ser, mas um detalhe importante. Tanto que o próprio Dias fez questão de tentar aumentar o leque das investigações: “Há aqueles que querem transformar a CPI em CPI do Marconi Perillo. Não podemos ficar apenas num item desse esquema, temos que ampliar”.
O fato é que se procurar, a comissão vai achar. E, pelo jeito, para todos os lados. O que não se sabe, agora, é a disposição do governo (que teria uma providencial mãozinha da oposição) de aprofundar as investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário