Existe uma conversa ainda obscura que menciona a possibilidade de fusões
partidárias após as eleições de prefeito que se aproximam. A expressão
mais forte dessa possibilidade partiu do presidente nacional do PMDB,
senador Valdir Raupp (RO), que caracteriza a iniciativa como uma reação à
fragmentação partidária brasileira, que estaria inviabilizando nosso
sistema pluripartidário.
A justificativa de Raupp para a fusão mascara a verdadeira intenção de alguns políticos e de legendas que têm colhido resultados negativos ao longo dos anos. Se a legenda de Raupp e as demais estivessem preocupadas com a ameaça ao pluripartidarismo brasileiro pela exagerada proliferação de siglas, tomariam a iniciativa de tornar a legislação mais rígida com os partidos de aluguel e as microagremiações partidárias.
Mas a intenção da fusão é outra. Para o PMDB, ela seria excelente, pois recuperaria de uma vez só a hegemonia perdida para o PT na Câmara dos Deputados. No caso do PP, já confortavelmente instalado na situação, haveria entre os seus membros uma insatisfação latente com o resultado de seus pleitos de cargos e recursos junto ao governo federal. Uma possível fusão com o PMDB poderia trazer mais poder de pressão ao conjunto do partido. Para o DEM, essa proposta poderia ser a tábua da salvação, dado que definitivamente não consegue fazer política na oposição. A sua desidratação salta aos olhos. O golpe do PSD foi a pá de cal na sigla, que perdeu a sua única prefeitura com mais visibilidade. Essa situação fica mais evidente quando se constata que políticos que vieram do campo da oposição e agora estão com o governo navegam em céu de brigadeiro.
É evidente que existe um jogo de cena neste momento. Pressionar os aliados de agora com possíveis mudanças futuras sempre traz um ganho eleitoral. Mas o futuro dessas articulações depende dos resultados das urnas. Esse jogo é mais perigoso em se tratando do DEM. Depois de três resultados adversos e caminhando para uma quarta derrota, o efeito Eduardo Paes começa a se fazer sentir no seio de oposicionistas menos convictos.
A justificativa de Raupp para a fusão mascara a verdadeira intenção de alguns políticos e de legendas que têm colhido resultados negativos ao longo dos anos. Se a legenda de Raupp e as demais estivessem preocupadas com a ameaça ao pluripartidarismo brasileiro pela exagerada proliferação de siglas, tomariam a iniciativa de tornar a legislação mais rígida com os partidos de aluguel e as microagremiações partidárias.
Mas a intenção da fusão é outra. Para o PMDB, ela seria excelente, pois recuperaria de uma vez só a hegemonia perdida para o PT na Câmara dos Deputados. No caso do PP, já confortavelmente instalado na situação, haveria entre os seus membros uma insatisfação latente com o resultado de seus pleitos de cargos e recursos junto ao governo federal. Uma possível fusão com o PMDB poderia trazer mais poder de pressão ao conjunto do partido. Para o DEM, essa proposta poderia ser a tábua da salvação, dado que definitivamente não consegue fazer política na oposição. A sua desidratação salta aos olhos. O golpe do PSD foi a pá de cal na sigla, que perdeu a sua única prefeitura com mais visibilidade. Essa situação fica mais evidente quando se constata que políticos que vieram do campo da oposição e agora estão com o governo navegam em céu de brigadeiro.
É evidente que existe um jogo de cena neste momento. Pressionar os aliados de agora com possíveis mudanças futuras sempre traz um ganho eleitoral. Mas o futuro dessas articulações depende dos resultados das urnas. Esse jogo é mais perigoso em se tratando do DEM. Depois de três resultados adversos e caminhando para uma quarta derrota, o efeito Eduardo Paes começa a se fazer sentir no seio de oposicionistas menos convictos.
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