Rosto maquiado, um sorriso largo, pose de mocinho, frases de efeito,
popularidade, algum carisma, um batalhão de cabos eleitorais,
marqueteiros e a sorte está lançada. A sorte dos incautos que definem as
eleições, os que trocam o voto por favores ou alguns trocados, e a dos
que pensam e conseguem enxergar a farsa e suas consequências no conjunto
da obra, cujo resultado afeta a minha e a sua vida.
Tem candidatos para
todos os gostos. Há os que realizaram atividades coletivas
profissionais, representando sindicados associações, líderes
comunitários, pastores de igrejas, jogadores de futebol, professores e
até palhaços. Há os que querem fazer disso uma profissão ou simplesmente
tirar alguns meses de férias do serviço publico. Quase tudo, menos
conhecimento de causa e idealismo.
De cabos, sargentos, motoristas,
passando por açougueiros, locadores de vídeo, pobres e burgueses a
desportistas, radialistas vibrantes e até chapeleiros. A democracia
permite a qualquer um o que não deveria ser para ‘qualquer um’. A
política depende candidatos cuja trajetória de vida tenha sido marcada
por ações que comprovem sua vocação. Nas democracias é dado ao povo um
poder maior do que a maioria é capaz de compreender, ao fazer uso do
voto. Portanto, não basta um rosto maquiado, uma lista de promessas,
popularidade e carisma; é preciso que o candidato tenha história, seja
vocacionado e desempenhe sua missão de legislar ou de ser prefeito de
uma cidade com zelo, dedicação e conhecimento de causa.
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