Ainda tem o mensalão, que pode trazer emocionantes novidades nos
próximos dias. Não é uma novela, perdeu audiência depois dos primeiros
capítulos, mas pode recuperar o ibope, à medida que começarem a ser
sentenciados os acusados de participar do esquema que abalou o primeiro
mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Só que, a partir
de hoje, o mensalão ganha concorrência: começam os programas dos
candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte e em outras grandes cidades de
Minas, as dos maiores colégios eleitorais. Se vão atrair a atenção dos
eleitores, ainda tão longe da eleição, é outra história. Só não
conseguem interferir no horário da novela. O jornal começa mais cedo
para que que os programas eleitorais não atrasem sua exibição.
Certamente, por enquanto, não terão tanto impacto assim. Mais perto do
dia da eleição é outra história.
Só que tem um detalhe: começam
também as inserções de 30 segundos, as propagandas que se misturam com
os comerciais normais dos anunciantes tradicionais. Essas, sim, têm
muito mais efeito. São vistas sem preconceito, passam ali na TV sem que o
telespectador esteja ligado em uma questão política. É por isso que o
marketing prevalece tanto.
Saem de campo os estrategistas
políticos e entram em cena os marqueteiros de plantão. Bem, Duda
Mendonça, réu do mensalão, está meio de lado. Mas há outros disponíveis
no mercado. Uma propaganda benfeita pode alavancar – e muito – uma
candidatura. Uma malfeita pode tirar pontos. E ainda é preciso saber
fazer a dosagem certa, usar a linguagem que o eleitorado quer ouvir,
conseguir transmitir sinceridade e confiança. Em 2008, Leonardo Quintão,
candidato do PMDB, surpreendeu. “Faz um joia aí”, saiu falando no rádio
e na TV. Conseguiu ir para o segundo turno. Continuou fazendo um joia
aí, fórmula que já tinha se esgotado. Foi joia para Marcio Lacerda
(PSB), que agora disputa a reeleição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário