Pode ter sido apenas uma coincidência, mas não deixa de trazer uma fina
ironia. A Câmara dos Deputados prestou homenagem, na quinta-feira, aos
173 deputados que foram cassados pelo regime militar. Foi uma devolução
simbólica dos mandatos aos parlamentares que defenderam a democracia
depois do golpe de 1964. Se não é coincidência, mais parece um recado.
Por motivos nada nobres como lutar pela liberdade, a Câmara bate o pé em
relação aos deputados que estão sentados no banco dos réus do
julgamento do escândalo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Já a fina ironia vem do fato de, na mesma tarde de quinta, os ministros da mais alta Corte do país estarem discutindo se os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara; Valdemar da Costa Neto (PR-SP), o que está em todas as falcatruas, e Pedro Henry (PP-MT) terão seus mandatos cassados pelo próprio Supremo ou se será necessário que a decisão passe também pelo Poder Legislativo. É uma questão polêmica e envolve interpretação da Constituição. Sendo assim, cada um lê da forma que melhor convém.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já encomendou pareceres jurídicos e deixou claro em público que, em sua opinião é claro, a última palavra cabe ao plenário. Aí, o risco de corporativismo é muito grande e o voto é secreto. Ninguém precisa assinar embaixo da reação da opinião pública. O placar das entrevistas apontará cassação fácil, mesmo que o placar eletrônico da Câmara mostre exatamente o contrário.
A semana que vem promete fortes emoções. Haverá uma guerra entre os poderes da República. O fato é que as penas de João Paulo, Valdemar e Pedro Henry são superiores a sete anos de reclusão. A do petista chega a nove anos de cana, para usar a expressão popular e deixar de lado o jargão jurídico.
O jogo está empatado: Joaquim Barbosa 1 x 1 Ricardo Lewandowski. Desempate sem cobrança de pênaltis na segunda-feira.
Já a fina ironia vem do fato de, na mesma tarde de quinta, os ministros da mais alta Corte do país estarem discutindo se os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara; Valdemar da Costa Neto (PR-SP), o que está em todas as falcatruas, e Pedro Henry (PP-MT) terão seus mandatos cassados pelo próprio Supremo ou se será necessário que a decisão passe também pelo Poder Legislativo. É uma questão polêmica e envolve interpretação da Constituição. Sendo assim, cada um lê da forma que melhor convém.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já encomendou pareceres jurídicos e deixou claro em público que, em sua opinião é claro, a última palavra cabe ao plenário. Aí, o risco de corporativismo é muito grande e o voto é secreto. Ninguém precisa assinar embaixo da reação da opinião pública. O placar das entrevistas apontará cassação fácil, mesmo que o placar eletrônico da Câmara mostre exatamente o contrário.
A semana que vem promete fortes emoções. Haverá uma guerra entre os poderes da República. O fato é que as penas de João Paulo, Valdemar e Pedro Henry são superiores a sete anos de reclusão. A do petista chega a nove anos de cana, para usar a expressão popular e deixar de lado o jargão jurídico.
O jogo está empatado: Joaquim Barbosa 1 x 1 Ricardo Lewandowski. Desempate sem cobrança de pênaltis na segunda-feira.
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