O esquema maquiavélico chegou a ser montado por cabeças coroadas do
Palácio do Planalto. Seria uma montagem de agendas estratégicas dos
principais comandantes da nação. A presidente Dilma Rousseff embarcou
ontem para a França. O vice-presidente Michel Temer (P MDB-SP) assumiu o
governo, mas tem compromissos em Lisboa no sábado e no domingo. O
presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), também daria um
jeito de se ausentar do país. Tudo isso para que o presidente do Senado,
José Sarney (PMDB-AP), o quarto na linha sucessória, assumisse o
comando do Palácio do Planalto. Quase uma homenagem, aliás duas. Sarney
voltaria a ser presidente 22 anos depois. E sua filha, governadora do
Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), foi convidada para integrar a comitiva
de Dilma à França.
Tudo isso com o objetivo de impedir a votação dos vetos presidenciais ao projeto de distribuição dos royalties do petróleo. Não deu certo. Roseana Sarney agradeceu, mas recusou o convite. E Sarney, que gosta mais da filha a favor de derrubar o veto do que de Dilma, antecipou a sessão do Congresso para apreciar o requerimento pedindo a urgência na votação do veto, que passaria na frente da imensa fila daqueles que nunca são votados.
Foi além. Avisou aos coordenadores das bancadas dos estados não produtores que, havendo o quórum regimental, abrirá nova sessão para que o veto seja votado. São necessárias as assinaturas de 41 senadores e de 257 deputados. Será uma corrida contra o tempo, mas o esforço valerá a pena e, tudo indica, não será em vão, a julgar pela quantidade de telegramas expedidos pelas lideranças partidárias no fim de semana.
Se for a plenário, o veto será um problema para a presidente Dilma. Primeiro, porque ela comprou a briga a favor do Rio, Espírito Santo e São Paulo, em detrimento de todos os demais estados. Segundo, porque dificilmente não será derrotada. Um desgaste político que poderia ter sido mais bem negociado.
Tudo isso com o objetivo de impedir a votação dos vetos presidenciais ao projeto de distribuição dos royalties do petróleo. Não deu certo. Roseana Sarney agradeceu, mas recusou o convite. E Sarney, que gosta mais da filha a favor de derrubar o veto do que de Dilma, antecipou a sessão do Congresso para apreciar o requerimento pedindo a urgência na votação do veto, que passaria na frente da imensa fila daqueles que nunca são votados.
Foi além. Avisou aos coordenadores das bancadas dos estados não produtores que, havendo o quórum regimental, abrirá nova sessão para que o veto seja votado. São necessárias as assinaturas de 41 senadores e de 257 deputados. Será uma corrida contra o tempo, mas o esforço valerá a pena e, tudo indica, não será em vão, a julgar pela quantidade de telegramas expedidos pelas lideranças partidárias no fim de semana.
Se for a plenário, o veto será um problema para a presidente Dilma. Primeiro, porque ela comprou a briga a favor do Rio, Espírito Santo e São Paulo, em detrimento de todos os demais estados. Segundo, porque dificilmente não será derrotada. Um desgaste político que poderia ter sido mais bem negociado.
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