Na época em que os comunistas comiam criancinhas, começaram a surgir os
filhotes do gênio. Ateu, como bom seguidor de Karl Marx, criou uma
igrejinha para ficar à beira de uma lagoa em Belo Horizonte. Para servir
a um prefeito liberal, construiu um símbolo para a cidade e deu a ele o
nome de Igreja São Francisco de Assis, o mais “comunista dos santos”,
que abria mão da riqueza pela nobreza da natureza. Oscar Niemeyer era
assim. Não abria mão de suas convicções políticas e muito menos de sua
arte. Arquitetou um plano, fez rabiscos imortais, fez amigos atrevidos,
fez Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade e capital da impunidade –
se o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) não
conseguir mudar a regra e for apenas uma exceção.
Com o prefeito Juscelino Kubitschek, iniciou a caminhada que o levaria ao Planalto Central, com a mesma companhia e ousadia. JK agora já era presidente. Ousado mesmo foi o projeto da nova capital, tanto política quanto arquitetônica. O que o mundo reconhece e admira é uma mudança radical na política brasileira. Não pelos arcos do Palácio da Alvorada, das abóbadas invertidas do Congresso Nacional, mas pela ousadia de desviar o eixo do poder para um pedaço de terra no Brasil até então pouco explorado. O Brasil continental cresceu.
Viver mais de um século é ser testemunha da história. É ver crescer o regime soviético e assistir à queda do muro de Berlim, que ele certamente não faria do jeito que era. Mais importante é ultrapassar um século sem perder as convicções, sem deixar de levar uma vida simples, toda dedicada à arte que rompeu as fronteiras do Brasil e ganhou o mundo com a mesma admiração.
Oscar Niemeyer conviveu com políticos liberais, insistiu na ideologia comunista, fez obras e mais obras. Universalizou a sua arquitetura. O brasileiro arquiteto era comunista, um grande humanista, mas, acima de tudo, encarnava o verdadeiro espírito anarquista.
Com o prefeito Juscelino Kubitschek, iniciou a caminhada que o levaria ao Planalto Central, com a mesma companhia e ousadia. JK agora já era presidente. Ousado mesmo foi o projeto da nova capital, tanto política quanto arquitetônica. O que o mundo reconhece e admira é uma mudança radical na política brasileira. Não pelos arcos do Palácio da Alvorada, das abóbadas invertidas do Congresso Nacional, mas pela ousadia de desviar o eixo do poder para um pedaço de terra no Brasil até então pouco explorado. O Brasil continental cresceu.
Viver mais de um século é ser testemunha da história. É ver crescer o regime soviético e assistir à queda do muro de Berlim, que ele certamente não faria do jeito que era. Mais importante é ultrapassar um século sem perder as convicções, sem deixar de levar uma vida simples, toda dedicada à arte que rompeu as fronteiras do Brasil e ganhou o mundo com a mesma admiração.
Oscar Niemeyer conviveu com políticos liberais, insistiu na ideologia comunista, fez obras e mais obras. Universalizou a sua arquitetura. O brasileiro arquiteto era comunista, um grande humanista, mas, acima de tudo, encarnava o verdadeiro espírito anarquista.
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