Pegou muito mal o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinar
lei que pretende conter a influência iraniana na América Latina. O
governo de Teerã entende a medida como ‘uma intervenção’ na região. Para
o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin
Mehmanparast, os EUA ainda vivem na época da Guerra Fria e consideram a
AL seu quintal. Ele pede que haja respeito dos direitos das nações, e a
opinião pública mundial não aceita uma iniciativa intervencionista
semelhante. O Irã, submetido a sanções internacionais por seu programa
nuclear, abriu seis embaixadas na região desde 2005, passando a 11, além
de 17 centros culturais. A lei para enfrentar o Irã no Hemisfério
Ocidental, aprovada com amplo apoio dos congressistas republicanos e
democratas no início de 2012, estipula que o Departamento de Estado deve
desenvolver uma estratégia para enfrentar a crescente presença e
atividade hostil do Irã na região. Funcionários do governo e dos
serviços de inteligência norte-americanos se apressam em dizer que não
há indícios de atividades ilícitas do Irã na América Latina. Mas agora é
tarde, o estrago já está feito.
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