Era a crônica do adiamento anunciado. Ficou para depois do carnaval,
quando os tamborins esfriarem. Se é que as cabeças quentes dos
parlamentares de oposição e de muita gente da base governista vão
esfriar. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL),
até que tentou agradar ao Palácio do Planalto, quem sabe um gesto de
gratidão pelo fato de o governo não ter se metido em sua eleição para o
comando do Senado. Mas durou apenas uma reunião. Líderes de legendas
aliadas ao governo e, principalmente, das de oposição avisaram.
Primeiro, é preciso votar os vetos acumulados como determinou o Supremo
Tribunal Federal (STF). Depois, cuidamos do Orçamento.
O tema é delicado para a presidente Dilma Rousseff. O pomo da discórdia é o veto à distribuição dos royalties do petróleo. Ela protegeu o Rio de Janeiro e o Espírito Santo e irritou praticamente todos os outros estados. Se os vetos forem votados, este será derrubado na certa. O governo perdeu todas as batalhas da questão dos royalties. E sabe disso.
O pior é que, na caminhada dos vetos, pode haver mais surpresas. A numerosa bancada ruralista, que reúne tanto senadores quanto deputados, está de olho no projeto do novo Código Florestal. Dilma vetou alguns pontos que os fazendeiros querem derrubar. E é o que vai acontecer quando chegar a vez dele na fila de 3 mil vetos ainda por serem apreciados.
A quaresma vai trazer o primeiro grande teste de fidelidade do PMDB, depois que o Palácio do Planalto cumpriu a palavra e o acordo de o partido comandar as duas casas legislativas nos dois últimos anos de mandato da presidente Dilma. O problema é que em pontos como o pré-sal e o Código Florestal não prevalece a fidelidade partidária. Pesa mais a questão regional e os próprios interesses. É praticamente certo que, mesmo depois do carnaval, o bloco governista promete atravessar a bateria e desafinar na hora de cantar o samba-enredo. O governo não vai conseguir tirar a tão sonhada nota 10!
O tema é delicado para a presidente Dilma Rousseff. O pomo da discórdia é o veto à distribuição dos royalties do petróleo. Ela protegeu o Rio de Janeiro e o Espírito Santo e irritou praticamente todos os outros estados. Se os vetos forem votados, este será derrubado na certa. O governo perdeu todas as batalhas da questão dos royalties. E sabe disso.
O pior é que, na caminhada dos vetos, pode haver mais surpresas. A numerosa bancada ruralista, que reúne tanto senadores quanto deputados, está de olho no projeto do novo Código Florestal. Dilma vetou alguns pontos que os fazendeiros querem derrubar. E é o que vai acontecer quando chegar a vez dele na fila de 3 mil vetos ainda por serem apreciados.
A quaresma vai trazer o primeiro grande teste de fidelidade do PMDB, depois que o Palácio do Planalto cumpriu a palavra e o acordo de o partido comandar as duas casas legislativas nos dois últimos anos de mandato da presidente Dilma. O problema é que em pontos como o pré-sal e o Código Florestal não prevalece a fidelidade partidária. Pesa mais a questão regional e os próprios interesses. É praticamente certo que, mesmo depois do carnaval, o bloco governista promete atravessar a bateria e desafinar na hora de cantar o samba-enredo. O governo não vai conseguir tirar a tão sonhada nota 10!
Nenhum comentário:
Postar um comentário