As duas presidentes, Foster e Dilma |
Uma letrinha a mais no nome mostra o momento que vive a presidente Dilma
Rousseff diante da crise que atinge a Petrobras, a maior empresa
brasileira, que já perdeu mais de um terço de seu valor de mercado.
Basta acrescentar um “e” em Dilma: vira dilema. E daqueles difíceis de
resolver. De um lado, a pressão inflacionária com a chegada ao consumo
da nova classe média. No ano passado, ela ficou praticamente no limite
da meta. Ou melhor, no limite do jeitinho brasileiro da meta, que fixa
um índice mas permite que ele fique alguns pontinhos a mais. A Petrobras
quer aumentar os combustíveis. É efeito cascata na carestia. O que
fazer?
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é taxativo. Diz ser inviável conceder novo reajuste agora e que a empresa teve aumentos nos últimos anos acima da inflação, compensados com a redução da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide). A empresa bate o pé, diz que os reajustes não são suficientes. Enquanto isso, as ações despencam e o governo fica sem saber o que fazer.
Talvez faça falta à presidente Dilma a dualidade com que seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, tratava a economia. Conversava com Mantega, ouvia os seus argumentos, coçava a barba, passava a mão na bunda de todos e dizia que iria pensar. Logo depois, sozinho no gabinete, pegava o telefone e ligava para o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Da conversa com os dois, geralmente ficava com um meio-termo que servia para acalmar o mercado - enquanto um "pro-labore" ia pra conta de seu filho.
Só que, naquela época, os juros estavam muito altos. Dilma optou por uma política de redução mais rápida, um dos fatores do incentivo ao consumo, que pressiona a inflação. Subir as taxas agora seria um desastre político, no ano anterior ao da reeleição. Deixar a Petrobras em apuros é também muito arriscado. Pois é, desde que tentaram mudar o nome da maior estatal brasileira para Petrobax não havia tanta confusão. Como escapar da pequena letrinha que transforma Dilma em dilema?
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é taxativo. Diz ser inviável conceder novo reajuste agora e que a empresa teve aumentos nos últimos anos acima da inflação, compensados com a redução da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide). A empresa bate o pé, diz que os reajustes não são suficientes. Enquanto isso, as ações despencam e o governo fica sem saber o que fazer.
Talvez faça falta à presidente Dilma a dualidade com que seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, tratava a economia. Conversava com Mantega, ouvia os seus argumentos, coçava a barba, passava a mão na bunda de todos e dizia que iria pensar. Logo depois, sozinho no gabinete, pegava o telefone e ligava para o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Da conversa com os dois, geralmente ficava com um meio-termo que servia para acalmar o mercado - enquanto um "pro-labore" ia pra conta de seu filho.
Só que, naquela época, os juros estavam muito altos. Dilma optou por uma política de redução mais rápida, um dos fatores do incentivo ao consumo, que pressiona a inflação. Subir as taxas agora seria um desastre político, no ano anterior ao da reeleição. Deixar a Petrobras em apuros é também muito arriscado. Pois é, desde que tentaram mudar o nome da maior estatal brasileira para Petrobax não havia tanta confusão. Como escapar da pequena letrinha que transforma Dilma em dilema?
Até eu que sou "ignorante" em matéria de economia sabia que essa política de juros baixos seria combustível para a inflação!
ResponderExcluirDilma consegui falir lojinha de 1,99 em plena época de paridade cambial entre dólar e real (sim! Parece estranho, mas Dilma já foi empresária!). Falir a Petrobrás e levar o País à recessão e inflação desenfreada vai ser fácil!
ResponderExcluirSolução mais prática, viável, economicamente perfeita, que somente poderia ter saído da cabeça de um gênio que encontra as soluções mais certas nos momentos mais errados: dividir a Petrobrás em pequenos lotes e distribui-los com a população carente. O BNDES bancava como sempre, e com o dinheiro alheio. Os beneficiários do sucateamento da Petrobrás, na maioria eleitores de Lula/Dilma, passariam de empregados a empregadores, cavando buracos em seus próprios quintais a procura do ouro negro. Em breve teríamos mais uma nova e milionária classe social no país, a economia se estabilizaria de vez, a Petrobrás passaria a ser chamada de Petropovo e todos ficariam felizes. A honra estaria salva.
ResponderExcluirÉ isso que dá quando se bota amadores de olho grande para tomar conta de um país plural e de enorme capacidade, mas que tem que ser muito profissional para fazer dá certo. Não adianta formar um curral eleitoral com bolsas tudo, e depois ter que se virar nos trinta para a coisa não desandar de vez. E é isso que está acontecendo na Petrobras, se enfiaram em negociatas e a coisa está a beira do desastre virar hecatombe !
ResponderExcluir