Quase dois anos antes, começou ontem, ainda que extraoficialmente, a
campanha eleitoral para a Presidência da República. O PT usa os seus 10
anos de poder para reeditar as caravanas da cidadania pelo país afora,
comandadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que terão
sempre que for possível a presença ilustre da presidente Dilma Rousseff,
já pavimentando a estrada para continuar à frente do Palácio do
Planalto. É cedo? Os eleitores vão prestar atenção? Pouco importa. O
fato é que a eleição de 2014 ganhou as ruas e os plenários ontem.
Se a caravana passa e os cães ladram para avisar algo estranho ou para fazer festa para algum conhecido, o PSDB resolveu descer do muro e subir na tribuna do Senado. Aécio Neves (PSDB-MG) fez o discurso de contraponto às comemorações do PT. Listou 13 pontos em referência não ao número do partido, mas às suas mazelas. Falou da faxina ética iniciada por Dilma sendo varrida para o lixo com a presença dos condenados pelo mensalão na festa. E atacou cada ponto negativo do governo, da saúde à situação econômica em que está a Petrobras, por exemplo. A tribuna do Senado virou palanque.
Enquanto o PT dá continuidade às suas comemorações dos 10 anos no poder, Aécio vai intensificar as ações para ficar mais conhecido pelo eleitorado. É praticamente certo que vai assumir a presidência nacional do PSDB, o que faz dele o porta-voz do partido. E também o ator principal dos programas eleitorais gratuitos que os tucanos terão neste semestre, no próximo e no primeiro do ano que vem.
Pela temperatura de ontem, com Aécio saindo do muro e falando mais alto, mesmo contestado por Lindberg Armador Farias, que foi achatado por Aécio, Aloisio e Cunha Lima ... Tentou e ficou pelo caminho encolhido. Se o PSDB mantiver o tom e subir mais ainda, como se faz necessário e os ostros candidatos se apresentarem e chegarem com o mesmo volume das suas primeiras colocações, ai sim a população estará atenta, mas se vierem no tom de puxa saco do governo, ai entra no desinteresse e a coisa caminha como o governo quer, sendo só ele o mestre de cerimônias nos shows da caça niqueis eleitoreiros, batendo na tecla da única coisa que dá alguma sustentação as suas promessas eleitoreiras > Os bolsas miséria, que mantém a população atrelada nesse curral eleitoreiro, com empregos em queda tem a receita ideal para a manutenção desse curral. Vamos em frente e de ouvidos abertos.
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