A Campanha Ficha Limpa, que terminou por conseguir fazer entrar em vigor
a Lei da Ficha Limpa, levou quase um ano e meio para conseguir coletar
1,3 milhão de assinaturas necessárias para que o projeto de lei pudesse
ser apresentado ao Congresso Nacional. Isso ocorreu em 2008 e 2009.
Agora, há um movimento que coleta assinaturas para pedir o impeachment
de Renan Calheiros, que foi criada na internet há uma semana. Ele está
próximo de atingir a marca de 1,360 milhão de assinaturas e certamente
conseguirá ultrapassar com folga essa meta. Não é que a eleição de Renan
tenha revoltado mais o povo brasileiro do que a antiga possibilidade de
políticos fichas-sujas poderem se candidatar a cargos públicos. Mas o
crescimento dos movimentos sociais de 2009 para cá fez com que revoltas
como essas pudessem ser compartilhadas quase que instantaneamente, e
mudassem de apenas uma onda para um verdadeiro tsunami. Os corruptos que
se cuidem! Onde quer que estejam, os novos caras-pintadas, não mais nas
ruas, mas nas redes sociais da internet, não lhes darão trégua.
Renunciar ele não vai "nem que a vaca tussa." E no senado quem vai atirar a primeira pedra se quase todos são coniventes com Renan? É só verificar quantos votaram a favor dele. Portanto impeachment é carta fora do baralho. Mas a campanha das assinaturas tem o seu lado positivo: mostra que nem só de carnaval e futebol aqui se vive. Mostra também que apesar de lenta, começa a haver uma mudança de atitude no povo. E o principal e mais importante: o político começa a temer a opinião de seus eleitores, coisa que não se via desde Getúlio. Portanto, embora ainda muito tênue e sem brilho, começamos a enxergar uma claridade no final dessas trevas que nos envolve desde o início do governo petista.
ResponderExcluirEu já imagino que vai fazer barulho e vai dar pressão por parte dos que não votaram nele. Mas prever algum resultado prático ainda é cedo, pois essa turma do Senado só acredita quando se depara cara a cara. Alguns do circulo dele, tremerão com certeza e ai o resultado será imprevisível, mas certo é que vai ser um bocado incomodo se não insustentável. Aguardemos ... !
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