Toda unanimidade é burra, já ensinava Nelson Rodrigues. Nem toda. Foi o
que ensinaram os nobres deputados federais ao aprovarem, em votação
simbólica, aquela na base do quem for a favor permaneça como está.
Aprovado! Assim mesmo, em segundos. Foi a unanimidade inteligente e
esperta. Se houvesse painel, alguns parlamentares poderiam querer se
expor e votar como pensam de verdade: pela manutenção dos 14º e 15º
salários. Seriam sinceros, mas também trucidados politicamente em suas
bases. Então, melhor assim. Finge que foi unanimidade e bola pro mato
que o jogo é de campeonato.
Todo presidente novo ao assumir o comando da Câmara dos Deputados promete “resgatar a credibilidade da instituição”, tomar medidas “moralizadoras”, tornar a Casa “mais transparente”. É conversa para boi dormir. As mudanças só acontecem quando há pressão popular, quando a imprensa faz marcação cerrada, como fez nesse caso dos salários extras no início e no fim de cada ano. Sem a vigília constante da sociedade, as mordomias se perpetuam. Afinal, se cai no meu bolso, por que mudar? É assim que age a maioria dos congressistas.
Nessa questão do fim do 14º e 15º salários no Legislativo, é importante destacar o lado bom, a pressão da sociedade que foi feita em boa parte do país. Não apenas para fustigar o Congresso, os deputados federais e senadores.
Minas é exemplo. A Assembleia Legislativa, diante da indignação manifestada dos mineiros, teve que capitular. Acabou com a mordomia. O mesmo aconteceu na Câmara Municipal de Belo Horizonte e em algumas cidades do interior, que gostam de imitar justamente o que não devem. O Brasil melhora quando a população se mobiliza. Os exemplos estão por toda parte. As Diretas Já perderam no plenário, mas obrigaram a volta da democracia no colégio eleitoral com a vitória de Tancredo Neves. Com os salários extras, foi mais fácil. A sociedade ganhou no plenário. Na base do permaneça como está, mas valeu a pena.
Todo presidente novo ao assumir o comando da Câmara dos Deputados promete “resgatar a credibilidade da instituição”, tomar medidas “moralizadoras”, tornar a Casa “mais transparente”. É conversa para boi dormir. As mudanças só acontecem quando há pressão popular, quando a imprensa faz marcação cerrada, como fez nesse caso dos salários extras no início e no fim de cada ano. Sem a vigília constante da sociedade, as mordomias se perpetuam. Afinal, se cai no meu bolso, por que mudar? É assim que age a maioria dos congressistas.
Nessa questão do fim do 14º e 15º salários no Legislativo, é importante destacar o lado bom, a pressão da sociedade que foi feita em boa parte do país. Não apenas para fustigar o Congresso, os deputados federais e senadores.
Minas é exemplo. A Assembleia Legislativa, diante da indignação manifestada dos mineiros, teve que capitular. Acabou com a mordomia. O mesmo aconteceu na Câmara Municipal de Belo Horizonte e em algumas cidades do interior, que gostam de imitar justamente o que não devem. O Brasil melhora quando a população se mobiliza. Os exemplos estão por toda parte. As Diretas Já perderam no plenário, mas obrigaram a volta da democracia no colégio eleitoral com a vitória de Tancredo Neves. Com os salários extras, foi mais fácil. A sociedade ganhou no plenário. Na base do permaneça como está, mas valeu a pena.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirAS TROMBETAS DA DECÊNCIA ESTÃO FAZENDO ECO PELO PAÍS MAS, ENQUANTO REGULAMENTOS INTERNOS DAS CASAS DO POVO (CONGRESSO NACIONAL, ASSEMBLEIAS ESTADUAIS. CÂMARAS MUNICIPAIS) FOREM APROVADOS E MANIPULADOS PELOS USUÁRIOS (PARLAMENTARES) ESTAREMOS SEMPRE CORRENDO ATRÁS DO RABO.
Marisa Cruz