A realização de pesquisas para medir o grau de aceitação de candidatos
ou de governantes pela população não é coisa muito antiga. Parece ter
começado de forma empírica nos Estados Unidos nos idos de 1800. De lá
para cá, o empirismo foi sendo substituído por métodos mais elaborados
que levam em consideração a distribuição demográfica, a renda e outros
fatores que refletem o perfil da área pesquisada.
Nos últimos tempos, no
Brasil, a cada mês esse ou aquele instituto é contratado por
confederação, sindicato, jornal ou órgão público para conhecer a opinião
do povo sobre os assuntos. Entretanto, o que mais se procura conhecer é
o índice de aceitação dos políticos. ‘Saí do governo com X por cento de
aprovação’. ‘A minha aceitação pelos brasileiros é de Y por cento',
dizem os políticos.
Quero lembrar que líderes como Hitler e Mussolini
gozaram de imensa popularidade entre seus povos, enquanto Rui Barbosa
nunca conseguiu aprovação popular suficiente para ser eleito presidente
da República e d. Pedro II foi defenestrado do poder embora fosse
administrador honesto, correto e competente como poucos.
Em nossos dias
temos líderes que, aparentemente, gozam de imensa popularidade embora se
saiba que não passam de títeres que controlam e manipulam pelos meios
mais diversos o sentimento popular. Aqui no Brasil, a manipulação desses
índices está próxima de atingir a perfeição: o PIB desaba, a inflação
aumenta, mas de acordo com os institutos de pesquisa a população aplaude
o governo que, em vez de promover a tão necessária reforma tributária,
usa ações pontuais como a isenção temporária do IPI e retira o
PIS/Cofins da cesta básica para angariar a aceitação popular.
O povo
aplaude por ignorar que mesmo com a queda do PIB a arrecadação de
impostos federais tem subido muito. A prática de liberar os repasses dos
recursos do Tesouro Nacional de acordo com a conveniência das eleições
futuras tornou-se corriqueira e vergonhosa. Diria até mesmo criminosa. É
preciso que cada contribuinte, cada cidadão reflita e tome a decisão de
mudar o país.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirSEMPRE ME PERGUNTO SE CIDADÃOS QUE RESPONDEM PESQUISAS SÃO PROBOS EM SUAS RESPOSTAS OU BRINCAM COM OS INSTITUTOS?
Marisa Cruz
Realmente as coisas vão por esse caminho. Desde que as bolsas não faltem, tudo bem ... O resto que se exploda ! O desconhecimento e a ignorância política do brasileiro chega ao ponto de não se importar com o mais básico, tipo Inflação, Balança de Pagamento, PIB, e outras coisas não tão difíceis de se entender. O entendimento mais aceitável é os dos BBB's da vida, Fazenda, Zorras e tudo mais do gênero. Desde que as bolsas não faltem, e ninguém seja obrigado a trabalhar e fazer o país caminhar, tudo menos isso.
ResponderExcluirO pior que essa situação, segundo estudos políticos de renome, vai continuar pelo menos por mais 12 (doze) anos (+ 4 de dilamcom + 8 de Lula). O povo brasileiro, infelizmente, só quer transar, comer e dormir. Parece gado. Enquanto isso aclamam Chávez, Lula, Fidel e outras porcarias mais. Meu Deus, como estamos longe de uma Alemanha, de uma Dinamarca, de uma Holanda...!
ResponderExcluirQue Deus nos ajude e proteja, porque o que vem por aí é coisa do capeta!