O ataque foi de véspera. O presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), bateu forte ao comentar que o ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criou estresse
inaceitável ao suspender a tramitação do projeto que impõe barreiras à
criação de partidos. Ontem, foi dia de tapinhas nas costas. Henrique
Eduardo Alves, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e
Gilmar Mendes se encontraram para debater a crise institucional. O
diálogo tem poder de fazer a escalada de ataques perder força. Afinal, é
guerra que não terá vencedores. Só vencidos. Os cidadãos brasileiros
foram obrigados a assistir a tamanha novidade envolvendo dois dos três
poderes da nação.
Quem cantou a pedra com antecedência foi o
ministro Marco Aurélio de Mello: “Não há crise institucional. Temos que
confiar no colegiado maior. No fim, tudo vai terminar bem, como esperam
os cidadãos”. Por colegiado maior, o ministro do STF quis dizer os
plenários, tanto do Supremo quanto da Câmara dos Deputados e do Senado.
O
problema é que a provocação vem dos dois lados. A Câmara dos Deputados
tem até quinta-feira para explicar a proposta de emenda à Constituição
(PEC) que retira poderes do STF. O prazo foi fixado pelo ministro Dias
Toffoli. Não há nada que explicar: a PEC é pura provocação, é retaliação
mesmo. Quase uma molecagem. Atos desse tipo são dispensáveis, ainda
mais quando envolvem presidentes de poderes. O encontro entre Renan,
Henrique Eduardo Alves e Gilmar Mendes demorou mais que o esperado. Se
aprofundaram a discussão ou se aproveitaram para também jogar um pouco
de conversa fora para desanuviar, pouco importa.
O fato é que a
maioria dos brasileiros não está nem aí para a crise institucional.
Cumpre suas obrigações diariamente, não falta ao trabalho e está de olho
no feriado de amanhã. Trabalho quem dá são o Legislativo e o
Judiciário. Quem sabe um dia de folga faça seus líderes esfriarem ainda
mais a cabeça.
CARO EDUARDO
ResponderExcluirO GRANDE PROBLEMA ESTA NA CRISE EXISTENIAL DO PARTIDO DOS MALANDRO$$ QJUE, VENDO SEU MUNDO DA FANTASIA RUIR, QUER ACENDER O FOSFORO NA FOGUEIRA DA VAIDADE DOS HOMENS QUE ESTAO NOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIARIO. E QUEM ESPALHA QUE ESTAMOS NUMA CRISE INSTITUCIONAL SAO OS MESMOS QUE QUEREM VER O CIRCO PEGAR FOGO.
Marisa Cruz