O telhado de vidro de Eliana
Calmon
Por: Redação Bocão News
(@bocaonews)
Famosa por capitanear verdadeira
cruzada contra os elevados holerites do Tribunal de Justiça de São Paulo,
turbinados com verbas atrasadas de auxílio-moradia autorizadas por julgado do
Supremo, a ministra Eliana Calmon ganhou incomum espaço nos principais veículos
de comunicação do País e virou heroína nas páginas amarelas da Revista Veja.
Atualmente, revelações que têm causado espécie demonstram que Eliana Calmon
recebeu mais de meio milhão de reais a título de "auxílios" que tanto
combatia à testa da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Crise do Judiciário
Com os vazamentos seletivos de
alguns casos sigilosos abertos pela Corregedoria do Conselho Nacional de
Justiça, à época comandado pela magistrada, os jornalões manchetaram que o
Judiciário estaria todo infectado por “bandidos de toga”, por marajás recebendo
holerites estratosféricos, conforme acusação genérica da ex- Corregedora, sem
dizer quem, onde ou porque.
A ocasião, a ministra resolveu
quebrar indiscriminadamente o sigilo de 231 mil pessoas, entre juízes,
familiares e servidores do Judiciário e, especialmente, para quem recebeu acima
de R$ 500 mil. Foi a maior devassa contra os direitos e garantias individuais
desde tempos ditatoriais. Pediu, ainda, curiosa prioridade para a Bahia, seu domicílio
eleitoral, além de São Paulo e Rio de Janeiro, Estados de maior visibilidade da
Federação.
Muitas perguntas ficaram no ar
para os jornalistas. Entre elas, por que ela fez esse corte investigativo para
quem recebeu acima de R$ 500 mil? Por que somente os que receberam mais de meio
milhão seriam investigados? Por que não quebrar também o sigilo de quem recebeu
acima de R$ 400 mil? Seria Pouco? Por que não?
R$ 420 mil para “morar”
Pois bem. Passado alguns meses,
em março de 2012, os jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo
noticiaram que Eliana Calmon também recebeu uma inacreditável bolada de R$ 421
mil, no final de 2011, a título de “auxílio-moradia” que ela tanto condenou.
Ruborizada, a Ministra confessou ao jornalista: “eu mesma recebi, em três
vezes, quatrocentos e vinte e poucos mil”. Sorte que a então Corregedora tinha
recebido “apenas” R$ 421 mil! Com mais R$ 80 mil em seu contracheque estaríamos
diante de autofagia, de autoinvestigação incrementada com autoquebra de sigilo.
O mais interessante foi que essa
declaração da ex-Corregedora foi em meio à entrevista que fez surpreendente
elogio ao presidente do TJ paulista Ivan Sartori. No discurso anterior, segundo
Eliana, o Tribunal de São Paulo só seria corrigido no dia em que o Sargento
Garcia prendesse o Zorro. Os R$ 421 mil abocanhados pela juíza consistem em
"auxílio-moradia dos sonhos", pois daria para comprar uma boa
residência em qualquer lugar do Brasil, o que fere de morte a natureza
indenizatória e temporal do indigitado auxílio.
R$ 85 mil para “comer”
Agora, em 28/2/13, o jornal
Estado de São Paulo revelou pela picardia de Fausto Macedo, que em setembro de
2012, de uma só vez, a ministra recebeu R$ 84,8 mil a título de
“auxílio-alimentação”. Quanta fome! No mesmo mês, o contracheque da Corregedora
bateu inacreditáveis R$ 113 mil. Isso é o quádruplo do teto constitucional. Uma
extrapolação de arrepiar até mesmo os mais incautos!
Na verdade, a magistrada recebeu
uma bolada equivalente a 181 salários-mínimos. É dizer, o que a maioria do povo
brasileiro demoraria 15 anos para receber e sobreviver, a ministra Eliana
Calmon recebeu em apenas um mês! Segundo o jornal, cópia do contracheque
apimentado da ministra virou piada no Superior Tribunal de Justiça, onde
circulavam e-mails intitulados “Eliana é 100”, em alusão aos cem mil reais que
recebeu para sua “alimentação”. Pensando bem, esses fatos não são nada
engraçados.
R$ 505 mil, em menos de um ano
As revelações do jornal Estado de
São Paulo não são nada edificantes para a Eliana Calmon, que recebeu, segundo
consta, mais de meio milhão de reais no período compreendido entre o final de
2011 e setembro de 2012. O jornal só não fez a soma e nem precisaria fazer: R$
421 mil + 84,8 mil = R$ 505,8 mil, no mínimo, sem falar nos outros meses ainda
não divulgados. Ops! Passou de R$ 500 mil, então podemos investigar, não é
Ministra?!
A aspiração política de Eliana
Calmon ao Senado, pela Bahia, conforme afirma o jornal, não é nenhuma novidade
nos bastidores do Poder, pois, afinal, como se orgulha a ministra, ela foi
afilhada do finado Antônio Carlos Magalhães. É o que detalha um site jurídico
especializado. Em campanha ela teria ligado para ACM que a acalmou dando
gargalhadas: “fique tranquila. A senhora é uma mulher de muitos amigos, que já
me procuraram. Eu falei ao presidente...”. Em junho do mesmo ano ela foi
nomeada por FHC, só para relembrar a inexplicável emenda da reeleição.
Farinha pouca, meu pirão primeiro
A última, publicada pela Folha de
São Paulo, em 1/3/2013, em matéria assinada por Frederico Vasconcelos, a
ministra “é alvo de nova polêmica com juízes”, pois, segundo consta, ela teria
negado requerimento da Associação dos Juízes Federais, a AJUFE, presidida por
Nino Toldo, para que todos os magistrados tivessem acesso ao desfigurado
“auxílio-moradia”. Para Eliana, a situação criaria “um puxadinho para acomodar
angústias”. Os juízes lembraram que, em 2003, Eliana Calmon votou, no STJ, pela
concessão do “auxílio-moradia” para os próprios ministros do Tribunal. Eis a
contradição material. Realmente, isso é lamentável, sem falar nos R$ 421 mil
que ela já tinha recebido no final de 2011.
O impacto do circo
Assim, a crise artificial criada
pela então Corregedora Nacional de Justiça, Paladina da ética, da moral e dos
bons costumes, contribuiu para mergulhar o Supremo Tribunal Federal em uma
necessidade equivocada de “sair da crise”, de “dar uma resposta à sociedade”,
de “ficar bem com a opinião pública”, na verdade, opinião publicada, para sair
desse colapso virtual, a partir de graves problemas pontuais.
O resultado nefasto disso tudo
ainda é pouco conhecido para a maioria da população e pouco explorado pelos
jornalões, por razões óbvias. É como uma bomba de efeito retardado, cujas
consequências serão sentidas e reveladas com o tempo. Se nesses curtíssimos
período a magistrada recebeu mais de meio milhão de reais com esses tais “auxílios”,
os quais até ontem ela combatia, fico a imaginar quanto ela recebeu dessas
verbas nos últimos 5 anos.
Com a palavra o Conselho Nacional
de Justiça e o Ministério Público Federal.
Fonte: Brasil 247
E agora, Ministra eLLiane Calmon ? De quanto foi o Vo$$o cachê ?
ResponderExcluirPor que o processo no CNJ no. 0006201-52.2011.2.00.0000 , o qual vossa excelência foi a primeira relatora , não foi(é) concluído ?
Por que apenas pedido de informações ao tribunal onde autuam os denunciados por CORRUPÇÃO ?
Por que os processos onde atuaram os supostos corruptos não foram solicitados por empréstimos para as constatações dos CRIMES JURÍDICOS e FRAUDES PROCESSUAIS ?
Por que o CNJ não acompanhou os desmandos do ministro do STJ,denunciado por corrupção, em um processo polêmico onde prevaleceram a mentira em relação ao suposto réu, omissões de informções jurídicas e não leitura de processos ?
Entre os denunciados ao CNJ por corrupção estão juízes,desembargadores e um ministro do STJ;estes assossiados ao crime organizado (empresários,advogados e especuladores imobiliários).
Um dos empresários envolvidos é financiado pelo Banco do Brasil. Dinheiro público,não ?!
O PROBO (?) Ministro Joaquim Barbosa foi solicitado em duas ocasiões,porêm há a hipotese de suas correspondências estarem sendo violadas e não sendo entregues.
A quem interessa o estado de IMPROBIDADE, CORRUPÇÃO e IMPUNIDADES no judiciário brasileiro ?
E agora,ministra eLLiana Calmon ?
Aqui, muitos de nós a defendemos quando vendia a imagem de persona ética,proba e comprometida com a justiça,mas os ventos baianos sopraram a sujeira do judiciário ao quatro cantos deste imenso país.
Qunata SUJEIRA !
Repetindo um comentário meu anterior que vem bem ao caso...
ResponderExcluirPois é, meu nobre e esforçado jornalista!
Agora eu pergunto: E os filhos e parentes de Juízes e Desembargadores que trabalham nos grandes escritórios de advocacia exercendo "tráfico de influência", inclusive no STJ e no STF? E os filhos e parentes de Juízes e Desembargadores que trabalham em grandes bancos e intituições financeiras? Essas e outras perguntas mereciam uma resposta do CNJ, não acha?
O Poder Jdiciário, como já disse o Prof. Marco Antonio Villa, é o pior de todos os poderes. Coisas piores virão por aí em breve...
PODEMOS ENTENDER ENTÃO QUE A MINISTRA ELLIANA CALLMON COMEU NO MESMO COCHO JUNTO COM OS PORCOS.
ResponderExcluirEM ENTREVISTA A REVISTA VEJA EM SETEMBRO DE 2011 ELLA AFIRMOU SER FRUTO DE UM SISTEMA.
´´ Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: ´Claro, se não tivesse, não estaria aqui`.
Eu sou fruto de um sistema.Para entra num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros,depois do presidente da República e ainda do Senado.O ministro escolhido sai devendo a todo mundo``
ELLIANA AGORA É 100 ?
100 ÉTICA + 100 MORAL + 100 PRINCÍPIOS + 100 VERGONHA + 100 PUDOR = AOS PODRES PODERES.
LEIA MAIS SOBRE OS PORCALHÕES E PORCARIAS DO JUDICIÁRIO NA COLUNA Política & Cia, DO JORNALISTA RICARDO SETTI.