O governo do caçador de marajás virou o do confisco das cadernetas de poupança. Teve Plano Collor 1, Plano Collor 2, teve uma bagunça generalizada na economia brasileira. Mas o tempo passa. Collor hoje é senador da República. E é atuante, não se esconde em plenário e costuma entrar em polêmicas, agressivo como nos tempos de candidato à Presidência da República. Ainda mora na Casa da Dinda. Aliás, quantos segredos escondem a residência de Collor? Quantas vezes PC Farias ali esteve para fazer pedidos inconfessáveis? E se Eriberto França não aparecesse? Lembra dele? Era o motorista que contou sobre os pagamentos que fazia para Collor com dinheiro vivo fornecido por PC Farias.
O julgamento dos seguranças acusados pela morte de PC Farias, quase 17 anos depois, coincide com o julgamento dos réus ligados ao escândalo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal. A mecânica é a mesma: dinheiro de campanha, recursos não contabilizados.
O Supremo aplicou penas severas, que estão em fase de revisão. Há uma sensação de que, enfim, a impunidade vai passar ao largo. Difícil é acreditar que os políticos brasileiros vão mudar o jeito de fazer campanha, embora alguns insistam no financiamento público. Assunto, aliás, que esteve em pauta no Congresso e já está, mais uma vez, devidamente engavetado. Eleitos, os nobres parlamentares brasileiros se perguntam: mudar por que o jogo que estamos vencendo?
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