Manifestação nos olhos dos outros é refresco. No original, a palavra que
abre esse dito popular é pimenta, mas a troca se encaixa como uma luva
nas críticas que reverberaram ontem nos blogs e páginas de esquerda nas
redes sociais contra as manifestações que protestavam contra a elevação
das passagens do transporte público em diversas capitais. É que como um
dos protestos foi contra o aumento das passagens na Prefeitura de São
Paulo, comandada pelo petista Fernando Haddad, alguns defensores
ferrenhos do governo Dilma Rousseff logo enxergaram no ato um complô
para desestabilizar o petista.
E deitaram falação contra a suposta violência dos manifestantes (detalhe: nenhuma crítica à truculência da Polícia Militar), a participação de jovens de classe média (como se somente os menos abastados tivessem direito de protestar contra o preço do transporte público) e outras sandices, para não dizer delírio coletivo, da blogosfera vermelha. O mais interessante é que os mesmos que criticam o protesto paulista passaram a semana inteira elogiando as manifestações dos jovens da Turquia, que tiveram como estopim o corte de árvores para a construção de um shopping e se transformaram em um grande movimento contra o governo.
Ora, os aumentos são perfeitamente questionáveis, não só por causa da redução pelo governo federal dos impostos que incidem sobre o transporte público, como pela qualidade, cada vez pior, desses serviços. Esperto foi o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que ontem mesmo anunciou, no lugar do aumento, a redução das tarifas. E ainda deu crédito ao governo Dilma Rousseff, dizendo que isso só foi possível graças à medida provisória que zerou alíquotas que incidiam sobre o transporte público. Nenhum governo é perfeito e livre de críticas. Bem melhor fariam os apoiadores da presidente Dilma Rousseff, incluindo nessa categoria os políticos, se no lugar de só elogios também fizessem críticas e cobranças. Todos ganhariam. Não só os usuários do transporte público. Os índios, por exemplo, agradeceriam. E muito.
E deitaram falação contra a suposta violência dos manifestantes (detalhe: nenhuma crítica à truculência da Polícia Militar), a participação de jovens de classe média (como se somente os menos abastados tivessem direito de protestar contra o preço do transporte público) e outras sandices, para não dizer delírio coletivo, da blogosfera vermelha. O mais interessante é que os mesmos que criticam o protesto paulista passaram a semana inteira elogiando as manifestações dos jovens da Turquia, que tiveram como estopim o corte de árvores para a construção de um shopping e se transformaram em um grande movimento contra o governo.
Ora, os aumentos são perfeitamente questionáveis, não só por causa da redução pelo governo federal dos impostos que incidem sobre o transporte público, como pela qualidade, cada vez pior, desses serviços. Esperto foi o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que ontem mesmo anunciou, no lugar do aumento, a redução das tarifas. E ainda deu crédito ao governo Dilma Rousseff, dizendo que isso só foi possível graças à medida provisória que zerou alíquotas que incidiam sobre o transporte público. Nenhum governo é perfeito e livre de críticas. Bem melhor fariam os apoiadores da presidente Dilma Rousseff, incluindo nessa categoria os políticos, se no lugar de só elogios também fizessem críticas e cobranças. Todos ganhariam. Não só os usuários do transporte público. Os índios, por exemplo, agradeceriam. E muito.
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