Esse é o nome do famoso filme do Macaulay Culkin,
mas poderia ser um filme brasileiro acerca das manifestações populares que
tomaram conta do país, com relação ao Poder Judiciário, que, em minha opinião,
é o pior dos três poderes republicanos. Aquele que deveria ser o guardião das
Leis e da Constituição, nada mais é do que uma grande família protegendo os
interesses de seus membros, isso para citar apenas uma das facetas apodrecidas
mais conhecidas, que no jargão técnico costuma se chamar de corporativismo.
Pois bem, quem acompanha meu blog sabe que eu venho
sofrendo há anos com o corporativismo do Judiciário, desde que participei da
CPI do judiciário em 1999, como testemunha, que pôs fim à farra do boi, que
eram os Juízes Classistas na Justiça do Trabalho e derrubou um dos maiores
gangsteres do país, o Juiz José Maria Mello Porto (primo de Collor de Mello e do
ministro do STF, Marco Aurélio Mello) já falecido e não coincidentemente, morto
de forma violenta, com sete tiros em plena Avenida Brasil/RJ.
Ninguém morre dessa forma em emboscada à toa,
principalmente, não sendo Juiz Criminal. É claro que foi um acerto de contas e
este blogueiro, que chegou a ser ameaçado de morte por ele, provou que tinha
razão. Depois de tantos anos, vejo as manifestações populares como uma espécie
de pré-revolução. Creio que os R$ 0,20 de aumento nas passagens não
representaram nada mais do que uma gota para quase transbordar o copo, que
ainda não transbordou.
O povo está à mercê de “bandidos de toga”, que
travestidos de Juízes vendem sentenças, liminares e mandados de soltura.
Evidentemente não se pode generalizar, pois nem todos são desonestos, mas quem
é honesto acaba pagando à conta, assim como ocorreu com a Juíza Patrícia
Accioly, cuja segurança foi negada pelo ex-presidente do TJRJ,
coincidentemente, processado pelo CNJ por inúmeras irregularidades cometidas no
exercício do cargo público, entre elas, a concessão de dois cartórios em
Niterói, um para sua namorada e outro para sua amiga. Este mesmo Desembargador
era presidente remunerado no STJD, quando sabia que um Magistrado além de seu
cargo público, só pode exercer o de Magistério. O STJD é um Tribunal Arbitral,
onde são julgados interesses particulares e adivinha quem está no cargo
atualmente? O filho dele, com apenas 31 anos de idade. É muito bandalha, minha
gente.
Como o povo pode se esquecer do Poder Republicano,
que decidiu contra os aposentados, quando o STF determinou a incidência de
imposto de renda nas aposentadorias? Muitos dos aumentos de ônibus foram
referendados pelo Poder Judiciário.
Porque um Juiz tem duas férias por ano, ajuda
alimentação, ajuda moradia, ajuda combustível, ajuda isso, ajuda aquilo, com um
salário inicial de R$ 25.000,00, enquanto um professor estadual ganha cerca de
R$ 1.200,00 e um médico, R$ 1.800,00? Por que um processo tramita por – no
mínimo – 2 anos em um Juizado Especial, criado para resolver processos em seis
meses? Porque Juízes Leigos são escolhidos entre alunos da EMERJ, quando a Lei
9.099/95 determina que eles tenham que ser escolhidos entre advogados com mais
de cinco anos de profissão?
Estamos vivendo a ditadura da toga. Tudo se resolve
no Judiciário e isso cria um clima propício para a corrupção e tráfico de
influência. No meu caso específico, enfartei, fui levado inconsciente até um
hospital próximo, por coincidência o Pró-Cardíaco que me cobrou R$ 50.000,00
por dois dias na CTI e depois me mandou procurar outro hospital porque o meu
plano de saúde não era aceito naquele hospital. Sem saber de nada fui condenado
a pagar a conta por uma Juíza, que algum tempo depois, sem se julgar impedida,
julgou um processo de seu colega, Juiz Mauro Nicolau da 48ª Vara Cível do RJ
contra mim e o Google, lhe concedendo liminar e intimação em tempo recorde (12
horas), com multa diária de R$ 2.000,00 e ao final, R$ 20.000,00 de danos
morais, que o ignorante Desembargador José Carlos de Figueiredo achou pouco e
aumentou para R$ 200.000,00 em segunda instância.
Caro leitor, essa quantia - R$ 200.000,00 - em
99,9% das Câmaras do Tribunal, não são dados nem para quem perde um filho por
erro médico ou negligência do Estado. Acho que nem aquela estudante da Faculdade
Estácio de Sá, que foi atingida por uma bala perdida e ficou tetraplégica
ganhou esse montante. Já no meu caso, o Juiz Mauro Nicolau, que usou de tráfico
de influência e conseguiu minha demissão do site de notícias – SRZD - tem
diversas ações contra sua própria instituição, e ganhou do estúpido
Desembargador Figueiredo nada mais, nada menos do que R$ 200.000,00! Que país é
esse?
Que Justiça é essa, que julga com rancor, com
corporativismo e não com a Lei? Um “Ministro” do Supremo Tribunal Federal ganha
10 vezes mais do que seu colega da Suprema Corte Americana. País
subdesenvolvido, salário de país desenvolvido. O Legislativo faz leis, muitas
delas boas, mas intencionalmente mal aplicadas pelos magistrados, que movidos
por interesses próprios colocam a lei acima de seus “benefícios”.
Caro leitor, nosso problema vai além do PT, de seus
trapalhões e trupe de ladrões; vai além dos Tiriricas, dos Renans e Dirceus da
vida, mas está na ditadura da toga que governa esse país.
Acorde e leve os protestos para as portas dos
Tribunais, exigindo mudanças. Exija que o Juiz seja obrigado a bater ponto como
qualquer servidor, que trabalhe de 10h00min as 18h00min, de segunda a
sexta-feira, que tenha férias uma vez por ano, que pague suas benesses com seu
próprio salário e que os concursos públicos sejam tirados das mãos dos
Tribunais, para que entrem apenas os melhores e não os apaniguados do Poder.
Advogados exijam que as OAB´s cumpram com sua
missão, que é a defender os interesses dos advogados e não apenas ir à posse de
autoridades e defender direitos humanos de assassinos e cobrar anuidades
extorsivas.
JUDICIÁRIO, MUDANÇA JÁ! OAB, MUDANÇA JÁ!
TODO MUNDO NA RUA LEVANTANDO ESSA BANDEIRA. CHEGA
DE BANDALHEIRA! CHEGA DE TRIBUNAIS DE GRANITO E HOSPITAIS ESBURACADOS! CHEGA DE
SALAS DE AULA SEM PROFESSORES! CHEGA DE CONVERSA FIADA!
Eu devo ser um dos maiores críticos do poder judiciário, considero que esse poder esta contaminado com tudo que é de ruim, uma espécie de caixa de pandora. Perceba segundo uma matéria que li do Des. Siro Darlan, sobre que no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro 13% dos juízes tem relação de parentesco entre si, o que parece ser inexplicável na medida em que conhecimento não é genético, nos trazendo a presunção natural de que foram favorecidos de alguma forma nos concursos de ingresso na magistratura.
ResponderExcluirNeste passo, se levarmos em consideração que um concurso da magistratura foi ao que parece anulado pelo CNJ, já que o Des. Luiz Zveiter teria favorecido uma de suas amantes, é de se imaginar, ou não, a quantidade de juízes que indevidamente estão ai, e o que é pior comprometidos com toda sorte de patifaria.
Neste mesmo passo, se levarmos em conta a declaração da então Corregedora do CNJ Min. Eliana Calmon sobre a existência de "BANDIDOS DE TOGA", e do atual corregedor Min. Francisco Falcão que falou de "VAGABUNDOS" infiltrados no poder judiciário, por certo essas declaração foram feitas não por ser casos isolados, longe disso, o fato é que são muitos e colocam em risco a própria existência do poder judiciário como casa da justiça. Hoje na verdade virou um vergonhoso balcão de negócios, cujo as suas sentenças são as principais mercadorias postas a venda.
O problema é que os juízes honestos se calam, são omissos, o que é triste e vergonhoso. Que sejam então obrigados a suportar a minha, a sua, a de todos, na pele toda sorte de crítica, e se não gostarem que se insurjam contra aqueles que deram causa a isso.
Celso Cordeiro Junior.
Eu sei muito bem o que é o Judiciário. Corporativista, mas não apenas "Bandidos de Toga" como afirmou a Ministra referindo-se à venda de sentenças, mas muito pior. Covardes, maus, sem qualquer ética ou caráter, beneficiam-se de seus cargos para se vingarem de quem os enfrenta. Sofri na pele essa imoralidade no IX Jecrim, da Barra da Tijuca. A milícia, os assassinatos, as invasões e grilagem de terra, as seguranças clandestinas de policiais militares, tudo isso foi denunciado por mim no Recreio dos Bandeirantes, sem que nenhum deles fosse punido. Os políticos corrompem as associações de bairro da região, os chamados "líderes comunitários", com assessorias, DAS, empregos públicos, e ninguém ousa enfrentá-los. E o judiciário e MPRJ se calam. No Fórum da Barra não existe Varas Criminais, e por mais de 10 anos imperou no IX Jecrim um juiz, atualmente desembargador, um verdadeiro senhor feudal, que covardemente me persegue há anos para defender uma promotora pública denunciada por mim ao MPRJ pela sua atuação. Grande amigo da promotora, ele mesmo ex promotor e casado com uma promotora pública chegou a mentir com acusações falsas a meu respeito para defender sua amiga promotora, quando o MPRJ, sem qualquer investigação, me processou por injúria e difamação e denunciação caluniosa. Ajuizou ação com pedido de danos morais, e entre várias alegações afirmou que eu intervia em processos que não eram meus, citando um processo de um grileiro que ameaçara um pedreiro, (e anteriormente um caseiro meu) grileiro que fazia parte da milícia do local com policiais militares do 31º BPM. Como entrara de férias no IX Jecrim estive com uma promotora que a substituía e mostrei-lhe os vários processos que o grileiro respondia por reintegração de posse além de se identificar na delegacia, por mais de uma vez como funcionário do TJRJ, o que foi desmentido no próprio processo pela Corregedoria de Justiça. Recorri e o TJ aumentou o valor. Estou processando os dois, promotora Anna Maria di Masi e juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto pedindo 100.000,00 a cada um por mentirem em juízo em testemunho nos processos movidos pelo MPRJ contra mim, mas os processos se arrastam nas varas cíveis da Capital, tendo mesmo a juíza em deles mandado extinguir alegando que um juiz não pode ser processado. É uma vergonha o Judiciário, o que fazem com os cidadãos indefesos. Cheguei fazer em 1998 um site- Favela Bairro a falência de uma política habitacional - http://favelabairro.orgfree.com, mas eles não ouvem, nem lêem nada. No início desse ano um terreno ao lado da minha casa em Vargem Grande foi invadido por um miliciano que após a presença do dono, foi preso pois era procurado por estar respondendo a vários processos, inclusive por estupro. A quem recorrer?
ResponderExcluirÉ claro que Juiz pode ser processado, se agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. Fora isso, deve-se processar o Estado que o nomeou. Por isso eles fazem as merdas que quiserem e nada respondem por isso, pois no final das contas, quem paga pelo erro deles somos nós mesmo, com nossos impostos, com nosso suor. Não precisamos mais de diálogo. Já tivemos mais de 25 anos para amadurecer a constituição de 1988 e nada saiu de concreto. Até os juros de 12% ao anos eles conseguiram retirar do texto constitucional, permitem que bancos bloqueiem salários e nem danos morais por isso pagam, uma vergonha. Precisamos de um líder que não transija. Que aja com mão-de-ferro, que chame o povo às ruas, que invadam o congresso nacional e expulsem a tapa aqueles inúteis, irresponsáveis e safados. Precisamos de Leis que tornem o Judiciário mais transparente. Independência de Juiz porra nenhuma. Isso não existe. Todos eles estão sujeitos a ingerências externas e se vendem facilmente. O juiz deve responder pelo seu erro e não o Estado. O médico não é crucificado em praça pública? O engenheiro que constrói um prédio que cai não vai preso, assim como um motorista de ônibus irresponsável? Quando eles passarem a responder do seu próprio bolso pelos erros cometidos, vocês verão que as sentenças serão mais minuciosas, atentas e sintonizadas com as provas dos autos. Erros acontecem, mas como profissionais, temos que responder por eles e não ser aposentados com renda vitalícia paga pelo próprio prejudicado ou pelo povo.
ExcluirMeu caro amigo Eduardo. O Brasil está à mercê dos bandidos que legislam, dos bandidos que executam e dos bandidos de toga que julgam. Para limpar o país dessa canalhada vil que mata o povo com requintes de crueldade (haja vista matar aos poucos nas filas dos hospitais, das AMAS, dos Postos de Saúde e dos refeitórios das escolas sem merenda escolar; matar aos poucos de fome e sede com salários de fome, qdo seus salários são ajustados qdo querem; matar aos poucos a dignidade e os sonhos desse povo quando não se investe na educação) precisamos urgentemente de um GOVERNO MILITAR. Vivemos uma Ditadura de esquerda travestida de democracia; querem transformar nosso país numa Cuba! Se gostam tanto do Regime de Cuba, da Venezuela, da Síria que sejam expulsos do Brasil por nossas Forças Armadas! Brasileiro confunde Liberdade com libertinagem, Democracia com Anarquia. Precisamos de um GOVERNO MILITAR DE PULSO para por a casa em ordem!
ResponderExcluirCORRUPÇÃO NO CNJ COM O ALVARÁ DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA.
ResponderExcluirPor que o processo no CNJ No. 0006201-52.2011.2.00.0000 não é concluído ?
Por que os processos onde atuaram os denunciados por corrupção não foram apreendidos pelo CNJ para as constatações dos crimes e vícios jurídicos ?
No processo que tramita (?) no CNJ sob sigilo, juízes e desembargadores do TJRJ foram denunciados por corrupção,roubo e assassinatos de idosos em parceria do crime organizado,este composto por empresários da construção civil,advogados e promotores de justiça sem registros nos ministérios públicos (estadual e federal).
Um dos empresários envolvidos frauda documentos públicos com declarações falsas, este cujos empreendimentos no RJ é financiado pelo Banco do Brasil.
O ministro Joaquim Barbosa foi notificado em duas ocasiões sobre a inércia processual e os desmandos no CNJ,porém providência alguma foi tomada.
Todos os crimes e criminosos estão impunes e livres.
Todos estamos de acordo que a sociedade deve exigir o fim da corrupção no judiciário e de todas as sua mazelas.
Vergonhosamente a OAB nada fará,pois esta, assim como o ministério público leva as suas cotas percentuais em cada taxa jurídica cobrada nos processos.
Como são milhões de processos, e cada qual com as suas taxas extorsivas; muitos órgãos, entidades de classe e espertalhões estão lucrando com a corrupção no judiciário.
Levemos às ruas as nossas indignações,vergonhas e protestos já !
Eduardo, bom dia.
ResponderExcluirSeu diagnóstico do Poder Judiciário está impecável. É isso mesmo que acontece, um poder fechado em si mesmo, que existe mais para benefício da MAGISTRATURA que da população em geral. Prova disso são os benefícios de primeiro mundo que os magistrados possuem e os serviços de terceiro mundo que prestam ao jurisdicionado.
Além disso, fazer julgamentos sem lastro na lei ou na jurisprudência, apenas por conveniências pessoais e políticas é inadmissível em qualquer país civilizado. Mas a sociedade brasileira ainda não acordou para essa grave distorção que acontece no PIOR PODER DA REPÚBLICA.
Minha solidariedade pelas vicissitudes pessoais que você foi obrigado a suportar de juízes que julgam por sentimentos em vez de se orientar pela lei.
Meu Prezado Jornalista:
ResponderExcluirVocê conseguiu, em poucas linhas, descrever tudo o que já assisti como advogado (sou advogado há exatos 30 anos). Não posso me identificar porque, infelizmente, vivo e sobrevivo da "advocacia". As coisas pioram dia após dia. Vejo todos os dias coisas vergonhosas acontecerem dentro do Poder Judiciário. Para eles, tudo, para nós, nada, nem sequer a lei, já que os Juízes andam julgando com o próprio convencimento... É uma vergonha nosso Poder Judiciário. Nada funciona, a não ser para eles e para seus entes. Parabéns pela coragem. Você, fique certo, não está só nessa luta. Abraços.