Se não puder mais fazer agrados com o
chapéu alheio, com as desonerações de IPI sobre veículos, por exemplo,
terá de manter nos estados cerca de R$ 11,3 bi.
Deve ter tido um
gosto amargo o Café com a presidente, programa semanal apresentado por
Dilma Rousseff, depois da votação da lei sobre os royalties do petróleo.
Em uma semana de mais embates com o Congresso, a presidente deve ter
tomado o café do programa sem açúcar para ter munição e estoque para
tentar adoçar a boca de sua base aliada em relação a outros assuntos.
Afinal, o governo perdeu duas vezes. Queria a destinação de 100% dos
royalties para a educação, e o bolo ficou dividido, com 25% para o setor
de saúde. Mais que isso, exigia que fossem usados apenas os rendimentos
proporcionados que iriam para um Fundo Social. Não deu. Serão 50% de
todo o fundo e não apenas os rendimentos, como pretendia o governo. O
cálculo é que até 2022 serão R$ 134,9 bilhões para a educação. E ainda
vai faltar dinheiro.
O necessário carinho de Dilma nos congressistas atende pelo valor de R$ 28 bilhões. É o que custaria a derrubada de alguns vetos que estão na fila para serem votados amanhã, se o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-RN), chamado por Dilma ao Palácio do Planalto, cumprir a sua promessa de colocá-los na pauta. Se aumentarem os itens vetados na desoneração da cesta básica, o prejuízo é de R$ 6 bilhões. Se não puder mais fazer agrados com o chapéu alheio, com as desonerações de IPI sobre veículos, por exemplo, terá de manter nos estados cerca de R$ 11,3 bilhões.
E há ainda a questão dos 10% do FGTS extras pagos pelos empresários em caso de demissão sem justa causa de empregados e, tudo isso, sem contar o fator previdenciário, que não deve entrar na fila de vetos a serem apreciados porque poderia ter gente na equipe econômica tendo ataque do coração só de pensar na possibilidade de ficar sem o instrumento de atrasar as aposentadorias ou pagar menos por elas. Dilma terá mesmo que fazer muito carinho para tentar recompor a sua base de sustentação no Congresso. Não será fácil.
O necessário carinho de Dilma nos congressistas atende pelo valor de R$ 28 bilhões. É o que custaria a derrubada de alguns vetos que estão na fila para serem votados amanhã, se o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-RN), chamado por Dilma ao Palácio do Planalto, cumprir a sua promessa de colocá-los na pauta. Se aumentarem os itens vetados na desoneração da cesta básica, o prejuízo é de R$ 6 bilhões. Se não puder mais fazer agrados com o chapéu alheio, com as desonerações de IPI sobre veículos, por exemplo, terá de manter nos estados cerca de R$ 11,3 bilhões.
E há ainda a questão dos 10% do FGTS extras pagos pelos empresários em caso de demissão sem justa causa de empregados e, tudo isso, sem contar o fator previdenciário, que não deve entrar na fila de vetos a serem apreciados porque poderia ter gente na equipe econômica tendo ataque do coração só de pensar na possibilidade de ficar sem o instrumento de atrasar as aposentadorias ou pagar menos por elas. Dilma terá mesmo que fazer muito carinho para tentar recompor a sua base de sustentação no Congresso. Não será fácil.
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