Na última semana de campanha nas disputas pelas presidências da Câmara
dos Deputados e do Senado, praticamente ninguém vai prestar atenção nos
conchavos de última hora, no aliciamento de apoiadores e nos pedidos de
votos. Brasília, mesmo com tantos prefeitos por lá, não estará no centro
das atenções. O Congresso, mesmo com todos os candidatos a comandá-lo,
também ficará em segundo, quiçá terceiro plano. E olhe lá. Na verdade,
os olhos dos brasileiros ainda estarão voltados para o Sul do país, para
Santa Maria, cidade universitária, para a tragédia que ceifou, antes da
hora, centenas de jovens, por causa de uma sucessão de erros e
omissões, descaso e falta de autoridade pública capaz de exigir padrões e
condutas de segurança. O choro convulsivo destes dias serve apenas para
a repetição das promessas vãs que sempre são feitas aos borbotões pelos
políticos que fingem estar tomando providência.
O exemplo de São Paulo é emblemático. O novo prefeito, Fernando Haddad (PT), determinou a um grupo de seus secretários que revise o decreto baixado por seu antecessor Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, depois do desabamento em um templo da Igreja Renascer. Na época, Kassab fez o seu comercial. Agora chegou a vez de Haddad fazer o seu. Ele quer aumentar o rigor nos estabelecimentos e eventos que envolvam multidões. Fala até em brigadas de incêndio próprias em alguns desses lugares.
Em breve, tudo cai no esquecimento, à espera da próxima tragédia. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados e no Senado, promessas também serão feitas, todas de forma a garantir o “melhor aproveitamento” dos mandatos dos parlamentares. Em tradução literal, mais dinheiro para gastar e mais mordomias para usufruir. O calor da disputa pelas Mesas Diretoras não chega aos pés do que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Mas o plano piloto de Brasília é uma ilha da fantasia, onde os jovens gaúchos já não poderão sonhar.
O exemplo de São Paulo é emblemático. O novo prefeito, Fernando Haddad (PT), determinou a um grupo de seus secretários que revise o decreto baixado por seu antecessor Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, depois do desabamento em um templo da Igreja Renascer. Na época, Kassab fez o seu comercial. Agora chegou a vez de Haddad fazer o seu. Ele quer aumentar o rigor nos estabelecimentos e eventos que envolvam multidões. Fala até em brigadas de incêndio próprias em alguns desses lugares.
Em breve, tudo cai no esquecimento, à espera da próxima tragédia. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados e no Senado, promessas também serão feitas, todas de forma a garantir o “melhor aproveitamento” dos mandatos dos parlamentares. Em tradução literal, mais dinheiro para gastar e mais mordomias para usufruir. O calor da disputa pelas Mesas Diretoras não chega aos pés do que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Mas o plano piloto de Brasília é uma ilha da fantasia, onde os jovens gaúchos já não poderão sonhar.