Para tentar arremeter e voltar a subir nas pesquisas de intenção
de voto, a presidente Dilma Rousseff esteve, mais uma vez, em Belo
Horizonte. Desta vez, foi assinar o contrato de concessão do Aeroporto
de Confins. E, em parte do discurso, fez questão de dizer que “a
expansão, melhoria e modernização do Tancredo Neves vai trazer grandes
ganhos para economia mineira e para toda a região”.
Tancredo
Neves, que fique bem claro, é o nome oficial do aeroporto. Não se trata
de deferência ao seu adversário nas urnas, Aécio Neves, neto de
Tancredo. Mas não deixa de ser curioso a presidente ter citado a velha
raposa política mineira.
Dilma ainda participou de
formatura de alunos do Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec).
Depois, a presidente teve um almoço privado na casa do ex-ministro
Walfrido Mares Guia. E, como não poderia deixar de ser, entregou, em
Contagem, na grande BH, mais uma leva de máquinas e tratores. Desta vez, foram 151. Os
veículos têm se tornado uma marca registrada de sua campanha eleitoral.
Ops, de seu governo.
Mesmo com a queda nas pesquisas,
Dilma estava descontraída e não demonstrava preocupação. Fingia, bem. Pelo contrário,
a certa altura, ao dizer “pobreza”, errou na pronúncia da palavra. Não
se abalou, repetiu e arrancou gargalhadas da plateia. “Às vezes a gente
torce a língua”, explicou.
O fato é que a presidente não
perde oportunidade, nas viagens que faz, de fazer campanha eleitoral ostensiva. Ainda mais na casa de um dos adversários.
E ela pode dizer que também se sente em casa, mineira que é e
belo-horizontina.
Só que, dependendo das próximas
pesquisas, a presidente Dilma pode ser obrigada a fazer novos e
constantes pousos forçados e subir nos palanques em Minas Gerais.
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