Uma semana atípica na política está acabando. E toda ela
contaminada pela corrida eleitoral, que na cabeça da imensa maioria dos
brasileiros ainda nem começou. As regras e os prazos obrigam que isso
aconteça. Seis governadores já reeleitos, entre eles Antonio Anastasia
(PSDB), vão se desincompatibilizar para disputar outros cargos. E
passaram as últimas semanas em verdadeira maratona de inaugurações e
lançamento de obras em seus estados. O governador do Rio de Janeiro,
Sérgio Cabral (PMDB), que não está muito bem nas pesquisas de avaliação
de sua gestão, muito antes pelo contrário, subiu no palanque de 12
inaugurações de obras em seis dias. Vale tudo para tentar mudar os
índices. Hoje, eles se despedem dos cargos.
No Congresso,
cuja principal missão é legislar, o assunto também é eleitoral. Só se
fala na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, por causa
do escândalo envolvendo a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e
que atinge diretamente a presidente Dilma Rousseff. Sabe-se lá se a CPI
vai para frente. O governo reagiu e quer outras investigações. Não custa
lembrar a comissão que ganhou o apelido de “CPI do Fim do Mundo”.
Atirou para tudo quanto é lado e deu em nada. É a tática que o Palácio
do Planalto pretende adotar se a oposição não desistir no meio do
caminho.
Para fechar a semana com chave de ouro, amanhã
deve sair mais uma pesquisa sobre a disputa presidencial. Entre petistas
de alta patente, a expectativa é de que a presidente Dilma vai cair nos
índices de intenção de voto. Pode ser exercício de futurologia, mas o
Palácio do Planalto tem seus próprios levantamentos. A seis meses da
eleição, uma pesquisa não deveria ter tanta importância, mas, no Brasil,
ela pode influir no humor dos atores políticos e na costura das
coligações. Muitos partidos aliados de Dilma estão ganhando tempo antes
de tomar uma decisão. É sintomático.
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