O Brasil ganhou manchetes de telejornais internacionais e espaço nos
jornais impressos mundo afora. Copa do Mundo bem organizada como
reconheceu o próprio presidente da Fifa, Joseph Blatter? Não. Foi só ele
falar. Vai ser pé frio assim lá na gelada Rússia da Copa de 2018. Não,
as notícias vinham de Belo Horizonte, sobre o desabamento de viaduto na
Avenida Pedro I.
O que isso tem a ver com a política? Nada, ou
quase nada, melhor dizendo. O drama humano é muito mais importante que
discursos em palanques ou a busca de culpados. O prefeito de Belo
Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), deixou isso bem claro nas entrevistas
que deu. Primeiro, cuidar das vítimas, consolar as famílias que perderam
entes queridos. Caça às bruxas? Tem o Ministério Público, a Polícia e
órgãos técnicos para buscar o motivo de uma obra desse porte ter
terminado no chão e em cima das pessoas.
A presidente Dilma
Rousseff, no lançamento da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) no
Paraná, com direito à presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), tocou no assunto. Mas não foi oportunismo político. Pediu um
legítimo minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
Enquanto
isso, fatos políticos importantes passam despercebidos. O
ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu adotou estilo low
profile, vestiu-se com requinte para mudar de prisão e já começou a
trabalhar durante o dia em um escritório de advocacia. E terá de
trabalhar mesmo, avisa o dono do escritório. Já o candidato do PT
ao governo paulista, Alexandre Padilha, diz que agora tem uma chapa
ficha-limpa. Tudo porque o deputado Paulo Maluf (PP-SP) debandou para a
candidatura de Paulo Skaf (PMDB). Uai, então antes, com Maluf, a chapa
era ficha-suja?
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