Acidentes aéreos costumam ter grandes coberturas televisivas. Não é
diferente com o voo do Airbus 320 da empresa alemã Germanwings, que se
acidentou na terça-feira (24), nos Alpes franceses. Entre a localização
de uma caixa-preta e a descoberta real das causas da queda de uma
aeronave está um período que nos remete às suposições e conjecturas.
Talvez por terem incidência infinitamente menor comparando-se com os
meios de transportes terrestres, os veículos de comunicação destinam boa
parte da cobertura de um acidente aéreo a estas especulações. Como
sabemos, as principais causas de desastres aéreos gravitam entre as
possibilidades de erro humano, falha mecânica, sabotagem ou condições
meteorológicas.
Ou a combinação de algumas delas. O recente acidente com
a empresa alemã matou 150 pessoas, das quais seis eram tripulantes. E
um desses tripulantes, o copiloto alemão Andreas Lubitz, de 28 anos,
virou o ator principal da tragédia. Conforme promotoria local,
encarregada pelas investigações, ele teria derrubado deliberadamente a
aeronave.
Pois bem, ao longo da história, grandes acidentes serviram
para que a indústria aprimorasse a segurança desse cada vez mais
procurado meio de transporte. Porém, com o aumento do tráfego aéreo é
natural que se elevem as falhas e os acidentes. Em relação ao caso
atual, o que incentivaria o ser humano a cometer um ato tão grave? É
possível se precaver contra tais atitudes assassinas? São
questionamentos de difícil resposta. Mais uma vez, entraríamos no campo
das especulações. O fato é que a atitude do copiloto alemão não é
diferente do ato de um jovem que entra em uma sala de cinema e sai
atirando contra o público; ou a ação de um adolescente que entra em uma
escola e sai matando estudantes aleatoriamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário