Ontem, ao ver um dos participantes do BBB17, Marcos Harter, medico, chamando uma outra participante do “game”, Marinalva, uma atleta paralímpica, de “cavalo manco”, eu escrevi para o Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB pedindo que se manifestassem.
A resposta foi essa: “Boa tarde, Eduardo. O CPB soube do caso através das redes sociais. Torcemos pelo sucesso da Marinalva no programa, entretanto optamos pelo não envolvimento em polêmicas ligadas ao reality show e à vida pessoal da atleta. Agradecemos a preocupação”.
O quê? Uma atleta deficiente, que defende nossa bandeira, não tem vida pessoal – ela é uma figura pública e ponto! Por outro lado, uma participante de um “reality show”, tampouco tem uma vida privada. Marinalva, pertence a esse Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB que tem a obrigação de defende-la, até porque, em seu estatuto está escrito o seguinte, leia abaixo!
O CPB na verdade não se preocupa com a imagem de seus atletas. Tanto é verdade que na abertura dos Jogos Olímpicos Brasileiros, no Maracanã, só entraram as delegações de atletas “normais”. Os atletas deficientes não fizeram parte da festa.
Hitler não teria feito melhor quando o Atleta negro americano Jesse Owens venceu o furher nos Jogos Olímpicos de 1936, na Alemanha. Hitler gostava de “gente normal”, ou seja, de olhos azuis, pele branca e com relação aos deficientes eles serviam de experimentos como ratos de laboratório.
O curioso de tudo isso é que o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, por coincidência judeu, não se atentou para esse detalhe da abertura do Jogos Olímpicos. Lembrando que Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 foi criado para promover e defender seus atletas! E agora, quando Marinalva é chamada de "cavalo manco", o CPB se faz de morto.
Mas, não quero ser injusto com o Comitê Olímpico Brasileiro, tampouco com Nuzman, porque o ex-atleta, também judeu, Bernard Rajzman, garantiu que meu filho deficiente autista, carregasse a Tocha Olímpica pela principal avenida de Petrópolis. Bernard é um campeão em vários sentidos!
Marcos é médico e ao dizer que Marinalva se faz de coitada quando tira a prótese para usar a muleta só mostra o quão ignorante ele é no assunto. A prótese cansa e machuca. Ela não precisa ficar usando o tempo todo para agradar os os olhos dele ou de qualquer outro participante da casa. Ele foi muito deselegante, mal informado, ignorante e preconceituoso em todos seus comentários e infringiu uma lei. No artigo 88 da Lei Brasileira de Inclusão, praticar, induzir ou incitar discriminação em razão da deficiência pode trazer pena de um ano a três anos de reclusão e multa.Espero que Marinalva fique sabendo do ocorrido, e leve esse médico psicopata a justiça, por reparação de danos morais...
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