“Por que me expulsaram? Porque tenho princípios? Porque tenho ética? Porque tenho coerência? Porque não sou oportunista? Porque não faço parte de quadrilha? Porque não faço parte de conluio? Porque não estou presa? Porque não uso tornozeleira? Porque não tenho apartamento cheio de dinheiro? Ou porque não apareceu nenhuma mala com dinheiro da senadora Kátia Abreu? Será que é por esses motivos que fui expulsa?”
Diante de tantas perguntas dela é necessário mudar o ditado. Agora é “perguntar ofende” e não é pouco mesmo. Ela própria já deixou o registro, mas para ficar bem claro, a declaração, com tantas interrogações, é da própria senadora Kátia Abreu, expulsa do PMDB por ter votado a favor da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment.
O placar da votação em agosto do ano passado foi de 61 a favor da saída dela da Presidência da República a 20 contra, incluindo o de Kátia Abreu. Todos os senadores votaram. Uma goleada. Que implicância é essa agora com a senadora Kátia Abreu (sem partido-TO)? Mais de um ano depois? Então, melhor deixar pra lá.
Bem, era mesmo melhor deixar pra lá, mas no meio do caminho tinha o então vice-presidente Michel Temer. De que partido ele é? Do PMDB, o partido que expulsou a agora ex-peemedebista. Faz sentido. Será que ela já fez a sua filiação ao PT, com o devido aval de Dilma?
Para deixar bem claro, adorei o discurso dela. Os trechos falam por si. Quer repetir alguns? Vamos lá. “Porque não tenho apartamento cheio de dinheiro? Porque não estou presa? Porque não uso tornozeleira? Ou porque não apareceu nenhuma mala com dinheiro da senadora Kátia Abreu?”
Já que posso, pelo menos até agora, sair de bermuda e chinelo sem precisar esconder a tornozeleira, resta saber para que partido Kátia Abreu vai. Bem, aí fica difícil descobrir a resposta. Ela foi do DEM, isso mesmo, o antigo PFL, e negociou com o PDT, PSD e nem sei mais quais, quando se preparava para disputar o governo de Tocantins. Agora, deve ir para o Podemos.
Já a mala de dinheiro, estou com ela e não abro o apartamento por nada deste mundo. Vai que a Polícia Federal (PF) anda vigiando. Brincadeiras à parte, melhor voltar à seriedade.
Outras perguntas que a coluna poderia fazer podem ser impróprias para menores de 18 anos, que, muito provavelmente, nem conta em banco têm.
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