Na internet circula um texto de autoria
indicada como sendo de Bill Cosby, "Tenho 74 anos e estou cansado", onde
o mesmo descreve diversos desvios comportamentais que estão sendo
assumidos pelas pessoas das gerações posteriores à dele, mas que as
consequências acabam sendo suportadas por todos.
Conta que nada herdou e que trabalhou
duro, desde 17 anos de idade e por 50 horas semanais, para chegar onde
estava e agora ouvir que tinha de distribuir suas riquezas com as
pessoas que não possuem sua ética de trabalho. Que cansara de ver o
governo ficar com seu dinheiro e entregá-lo de formas variadas a pessoas
que tiveram preguiça de trabalhar como ele.
Diz que foi educado para ter tolerância
com outras culturas, mas não entende a violência contra as mulheres
praticada pelos seguidores do Islã em seus países e o assassinato de
judeus e cristãos, simplesmente por não serem crentes em Alá e, mesmo
assim, insistirem em declarações de que essa é a religião da paz.
Ou a permissão da construção de mesquitas e
escolas madrassas islâmicas - que só pregam o ódio -, em diversos
países do mundo, se nenhum deles pode construir uma igreja, templo,
sinagoga ou escola religiosa em países árabes, para pregar o amor e a
tolerância.
Fala sobre os tóxico dependentes, fumantes
e alcoólatras que fizeram sozinhos a opção por seu estilo de vida,
consumo ou vício, mas de alguma forma acabam prejudicando toda a
sociedade e não assumem a responsabilidade por suas escolhas e atitudes,
além de normalmente ainda culparem o governo de discriminação por seus
problemas, como os tatuados e cheios de piercings, que por essas suas
escolhas tornaram-se não empregáveis e reivindicam dinheiro do governo,
dos impostos, pagos por quem trabalha e produz.
Que cansou, de ver atletas, artistas e
políticos de todos os partidos confessarem erros inocentes, estúpidos ou
da juventude, mas que na realidade pensam que seu único erro foi ser
apanhado, e de pessoas que por não assumirem a responsabilidade por suas
vidas e ações, culpam o governo de discriminação por seus problemas.
Alega que, por sua idade, não verá o mundo
que essas pessoas estão criando, pois já está no caminho de saída e não
de entrada deste, mas fica triste por seus descendentes e sugere que
cada um faça sua parte, contrariando o caminho que esses péssimos
governantes estão nos proporcionando, por essa ser a única chance de
fazer a diferença.
Penso que com as eleições municipais
brasileiras se aproximando, realmente temos, individualmente, a chance
de mudar tudo o que aí está posto, como o Mensalão do PT, a CPMI do
Cachoeira, as cotas universitárias, a demora generalizada do poder
judiciário em julgar os processos, a aceitação da interferência de um ex
Presidente em diversos Poderes e todas as outras falcatruas que
diariamente lemos nos jornais ou assistimos pelos noticiários
televisivos.
Independentemente de sermos jovens,
adultos ou idosos, negros, brancos ou amarelos, de descendência
europeia, asiática, americana ou africana, se hoje aqui vivemos e
criamos nossos filhos, somos todos brasileiros e é no futuro das nossas
próximas gerações de brasileiros é que devemos pensar.
Nada se constrói em um país republicano
como o nosso sem o envolvimento de algum dos Três Poderes, ou dos três
conjuntamente, mas a total independência destes é fundamental para a
sobrevivência da democracia. Entretanto, no Brasil, o Poder Executivo
têm, através de nomeações ou de corrupção, interferido diretamente nos
outros dois de modo a alterar totalmente muitas decisões que seriam
exclusivas destes.
Nos últimos anos, o que se vê nos órgão
públicos, em todos os poderes, são a corrupção e o aumento de impostos
para custear a roubalheira generalizada e as benesses públicas que
buscam a reeleição dos que aí estão.
Nas próximas eleições temos uma chance única de alterarmos quadro atual, não reelegendo corruptores e corrompidos.
João Bosco Leal
*Jornalista, escritor e produtor rural