Não é ideia nova a convocação de uma Constituinte exclusiva para
discutir a questão da reforma política. O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva gosta muito dessa tese. Em 2010, ele pediu ao deputado Marco
Maia (PT-RS) – que não esconde o pedido feito – que apresentasse uma
proposta nesse sentido. Maia atendeu, mas a ideia morreu antes mesmo de
nascer. Foi sepultada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara dos Deputados. Agora é a vez de a presidente Dilma Rousseff ter a
mesma proposta. Será mesmo ideia dela? Pois tem gente graúda no núcleo
de poder de Brasília que garante: mais uma vez que a sugestão partiu de
Lula. Dilma gostou. Os manifestantes nas ruas gostaram. Os juristas
condenaram, Os políticos detestaram. Deu tudo errado do ponto de vista
político. Só serviu para Dilma tentar ficar bem com o clamor das ruas.
Na segunda-feira, pela madrugada adentro, o alto comando do PMDB reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer em sua casa. Quase todos os caciques do partido estavam lá, solidários com seu presidente de honra, que de nada foi avisado sobre Constituinte exclusiva para reforma política. E logo ele, que já havia combatido com vigor a ideia. Sobre a reunião, é melhor nem falar. Teve até palavrões, apesar da presença da governadora Roseana Sarney, do Maranhão, aliás, uma das mais exaltadas.
Pois é. Temer foi convidado a participar da reunião de ontem de manhã da presidente Dilma Rousseff com os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também presente, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi quem deu a notícia aos jornalistas. Avisou que Dilma cogitava desistir da reforma política por meio de uma Constituinte exclusiva.
O governo vai pensar numa alternativa. O Congresso vai preparar uma forma de enterrá-la a sete palmos, como fez das outras vezes. E as ruas apinhadas de estudantes (e também de baderneiros profissionais) vão, mais uma vez, sofrer nova decepção.
Enquanto isso, o cidadão brasileiro quer fazer uma reforma constitucional nos engarrafamentos dos protestos, quer incluir na Carta Magna o direito de ir e vir e quer ter o sagrado poder de, democraticamente, não se sentir encurralado, de não sentir medo.
Na segunda-feira, pela madrugada adentro, o alto comando do PMDB reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer em sua casa. Quase todos os caciques do partido estavam lá, solidários com seu presidente de honra, que de nada foi avisado sobre Constituinte exclusiva para reforma política. E logo ele, que já havia combatido com vigor a ideia. Sobre a reunião, é melhor nem falar. Teve até palavrões, apesar da presença da governadora Roseana Sarney, do Maranhão, aliás, uma das mais exaltadas.
Pois é. Temer foi convidado a participar da reunião de ontem de manhã da presidente Dilma Rousseff com os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também presente, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi quem deu a notícia aos jornalistas. Avisou que Dilma cogitava desistir da reforma política por meio de uma Constituinte exclusiva.
O governo vai pensar numa alternativa. O Congresso vai preparar uma forma de enterrá-la a sete palmos, como fez das outras vezes. E as ruas apinhadas de estudantes (e também de baderneiros profissionais) vão, mais uma vez, sofrer nova decepção.
Enquanto isso, o cidadão brasileiro quer fazer uma reforma constitucional nos engarrafamentos dos protestos, quer incluir na Carta Magna o direito de ir e vir e quer ter o sagrado poder de, democraticamente, não se sentir encurralado, de não sentir medo.