José Renato Nalini, 69, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, devia ser escalpelado em praça pública |
Muita
gente me pergunta porque eu critico tanto o judiciário. E eu respondo: “Porque,
dos três poderes esse é o pior!”. É claro que tem gente boa e honesta lá
dentro, eu mesmo conheço muitos. Mas, 70% deveriam devolver a toga e procurar
outro emprego. Experiência própria!
Estão
vendo esse homem da foto acima? Pois bem, ele é o presidente do Tribunal de Justiça
de SP, ganha líquido 91 mil reais. Entrou com uma ação contra o Banco do
Brasil, pediu gratuidade de justiça, e, pasmem, ganhou, em 30/08/2015!!! Seus advogados, Rubens Alves e Solange Cardoso Alves,
disseram que, “neste momento, o requerente não está em condições de arcar com
as custas do presente feito”. O pedido foi aceito pelos seus pares.
Se o
trabalhador ganha 4 mil reais por mês, por exemplo, ele é considerado rico pelo
judiciário, que tem, de forma contumaz, negado a gratuidade. Se ele mora em
Copacabana, Ipanema ou Leblon é considerado “milionário”. O magistrado, alopradamente, desconhece que esses bairros são rodeados por favelas no RJ.
Vamos ao meu próprio
exemplo. Anos atrás quando o salário de um juiz era de 15 mil reais, e o dólar 1.50
reais, eu ganhava, como servidor público federal, 1.500 reais. FHC nos deixou 8
anos sem aumento. Nessa
época eu fui autor de uma determinada ação, e o juiz me negou a gratuidade de
justiça – mesmo tendo eu assinado documento dando conta de que eu não poderia
arcar com as custas do processo como determina a Lei.
O nome do
Juiz é Cleber Ghelfeinstein – atualmente desembargador do TJRJ. Você acredita que esse
mesmo juiz foi autor de uma ação contra BCN (aliás, uma história
muito mal contada...) e obteve dos colegas juízes a gratuidade de justiça? A prova
da minha história está ai, leiam!
Mais embaixo,
leiam uma matéria publicada pelo OBLOGO. Trata-se de uma pesquisa feita a
pedido do próprio Poder Judiciário, em 2003. O título: “Brasileiro tem imagem negativa da Justiça” –
Um poder lento coma a tartaruga, perigoso como um leão, corrupto, ineficiente e
pouco confiável – Em 2011, novamente OGLOGO publica outra matéria com o título:
“Parte da Justiça desrespeita o contribuinte”. Essa foram apenas duas que me
lembro, entre outras tantas, por ser assinante de OGLOBO.
Moral da
história: Como se vê, no Brasil a interpretação das leis em relação aos
magistrados é muito diferente do tratamento dado aos simples cidadãos.