A corrida presidencial nem começou ainda e o DEM já começa a querer
valorizar o seu passe. Aliado natural do PSDB na disputa pelo Palácio do
Planalto, agora já fala em buscar proximidade com outros partidos. Na
verdade, trata-se de instinto de sobrevivência. Os democratas já
formaram bancada forte no Congresso, mas vem definhando, tanto
eleitoralmente quando pela debandada de parlamentares provocada pela
criação do PSD pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que tirou
lideranças expressivas da legenda. Presidente da Confederação Nacional
da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) é apenas um exemplo.
Levou com ela líderes de peso da bancada ruralista.
O DEM ainda chora as mágoas, mas ganhou um sopro de vida com a vitória de ACM Neto, novo prefeito de Salvador. Tanto que foi na cidade do Pelourinho que eles se reuniram para discutir os rumos do partido. Boa parte de seus caciques estava presente: do líder no Senado, o potiguar Agripino Maia, aos cariocas pai e filho César e Rodrigo Maia, e ao deputado gaúcho Ônix Lorenzoni, entre muitos outros.
De concreto mesmo, só saiu a definição de que fusão com outras legendas é palavra proibida no partido a partir de agora. Os democratas querem independência para seguir o caminho que melhor lhes convier. O que implica deixar o compromisso com a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em aberto, embora a maioria dos líderes do DEM tenha simpatia, e alguns, até compromisso com ela. Mas no jogo de cena vale qualquer aposta mais alta, mesmo que seja um blefe.
Até porque as cartas que o DEM quer colocar na mesa têm também os próprios interesses e não combinam muito com o estilo democrata. Foi sugerida na reunião, por exemplo, aproximação com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), outro presidenciável.
Resumo da ópera: com o barco à deriva, os democratas querem pôr um pé em duas canoas. Não vai dar certo.
O DEM ainda chora as mágoas, mas ganhou um sopro de vida com a vitória de ACM Neto, novo prefeito de Salvador. Tanto que foi na cidade do Pelourinho que eles se reuniram para discutir os rumos do partido. Boa parte de seus caciques estava presente: do líder no Senado, o potiguar Agripino Maia, aos cariocas pai e filho César e Rodrigo Maia, e ao deputado gaúcho Ônix Lorenzoni, entre muitos outros.
De concreto mesmo, só saiu a definição de que fusão com outras legendas é palavra proibida no partido a partir de agora. Os democratas querem independência para seguir o caminho que melhor lhes convier. O que implica deixar o compromisso com a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em aberto, embora a maioria dos líderes do DEM tenha simpatia, e alguns, até compromisso com ela. Mas no jogo de cena vale qualquer aposta mais alta, mesmo que seja um blefe.
Até porque as cartas que o DEM quer colocar na mesa têm também os próprios interesses e não combinam muito com o estilo democrata. Foi sugerida na reunião, por exemplo, aproximação com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), outro presidenciável.
Resumo da ópera: com o barco à deriva, os democratas querem pôr um pé em duas canoas. Não vai dar certo.
Enquanto isso, do outro lado, o PT é corrupção pura...