Agora que as eleições acabaram, os partidos podem fazer a festa. E todos
vão encontrar motivo para comemorar. O DEM, por exemplo, continua
definhando, mas pode usar a tábua de salvação da vitória do deputado ACM
Neto (DEM-BA) em Salvador. E logo em cima do PT, que é apontado como o
partido que mais cresceu. Petistas vão governar 636 prefeituras, mas o
cálculo que eles mais gostam de fazer é o número de eleitores que
depositaram confiança na legenda. Os novos prefeitos do PT vão
administrar a vida de 37 milhões de habitantes. Só que nesta conta entra
a cidade de São Paulo e seus quase 11 milhões de habitantes.
O PMDB, embora tenha perdido espaço, também pode comemorar o fato de ter vencido no maior número de prefeituras, mais de 1 mil. E ainda se gabar. Se o PT levou São Paulo, o peemedebista Eduardo Paes foi reeleito com folga no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. A grande maioria dos eleitos pelo PMDB, no entanto, está nos grotões pelo país afora, nas cidades menores.
Também o PSB presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pode se gabar de ter sido o grande vitorioso, porque foi o partido que mais elegeu prefeitos de capitais, cinco no total. Só que, nesta conta, entra o prefeito reeleito Marcio Lacerda, de Belo Horizonte. Pode-se dizer que foi uma vitória socialista? Está muito mais para tucana, do governador Antonio Anastasia e do senador Aécio Neves.
Cada um dos partidos enxerga o resultado das eleições deste ano sob a ótica que melhor lhe convém. É fácil fazer isso, os números são para serem manipulados ao gosto do freguês. O que fica claro, no entanto, é que há um grande problema na cena política brasileira. Na lista de “vencedores” podem ser incluídas outras legendas, como o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PDT, o PP, os ideológicos, sem contar os partidos nanicos. Essa pulverização nada tem de ideológica e não obedece a uma lógica política clara.
O PMDB, embora tenha perdido espaço, também pode comemorar o fato de ter vencido no maior número de prefeituras, mais de 1 mil. E ainda se gabar. Se o PT levou São Paulo, o peemedebista Eduardo Paes foi reeleito com folga no Rio de Janeiro, ainda no primeiro turno. A grande maioria dos eleitos pelo PMDB, no entanto, está nos grotões pelo país afora, nas cidades menores.
Também o PSB presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pode se gabar de ter sido o grande vitorioso, porque foi o partido que mais elegeu prefeitos de capitais, cinco no total. Só que, nesta conta, entra o prefeito reeleito Marcio Lacerda, de Belo Horizonte. Pode-se dizer que foi uma vitória socialista? Está muito mais para tucana, do governador Antonio Anastasia e do senador Aécio Neves.
Cada um dos partidos enxerga o resultado das eleições deste ano sob a ótica que melhor lhe convém. É fácil fazer isso, os números são para serem manipulados ao gosto do freguês. O que fica claro, no entanto, é que há um grande problema na cena política brasileira. Na lista de “vencedores” podem ser incluídas outras legendas, como o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PDT, o PP, os ideológicos, sem contar os partidos nanicos. Essa pulverização nada tem de ideológica e não obedece a uma lógica política clara.